Charlie Sheen já foi chamado de “o homem mais bem pago da TV norte-americana”, vivendo seu auge como protagonista de "Dois Homens e Meio". Mas a mesma fama que o consagrou o arrastou para uma espiral de drogas, sexo sem limites e episódios perturbadores! É esse mergulho na ascensão e queda de um ícone que a Netflix mostra no recém-lançado documentário "aka Charlie Sheen".
A obra, que chegou nesta quarta-feira (10), não poupa detalhes sórdidos da vida de um ator que por muito tempo foi sinônimo de polêmica. E os episódios valem a pena, já que prendem atenção e chocam com detalhes surpreendentes!
Entre as revelações mais chocantes está um episódio durante as filmagens em que Sheen sofreu uma hemorragia anal que durou 18 horas. Para continuar trabalhando, recorreu a um método desesperador: colocar gelo diretamente no ânus para conter o sangramento e conseguir gravar. A cena é relatada no documentário como exemplo do quanto Sheen sacrificava o corpo para manter as aparências, mesmo enquanto o vício e os excessos o consumiam.
Sheen admite sem rodeios o quanto o crack transformou sua vida. Segundo ele e pessoas próximas, a droga o levou a experimentar situações cada vez mais extremas. Em certo momento, consumia até sete gramas da substância em uma única sessão!
Foi também nesse período que ele passou a se envolver sexualmente com homens. “Eu virei o cardápio! Não vou fugir do meu passado, nem deixar que ele me defina”, diz em um dos trechos mais comentados do documentário. A fala escancara a sensação de liberdade (e descontrole) que o ator associava ao uso da droga.
O documentário resgata ainda os conflitos nos bastidores da sitcom que fez de Sheen um astro global. Jon Cryer, colega de elenco, relembra como era “impossível não gostar de Charlie” por sua inteligência e carisma, mas também admite que a convivência virou um campo minado quando o ator passou a faltar a gravações, chegar embriagado e a colecionar polêmicas públicas.
As brigas com Chuck Lorre, criador da série, se tornaram lendárias - e terminaram com a saída abrupta de Sheen após a oitava temporada, em 2011. O documentário mostra como aquele foi o divisor de águas entre o auge e o colapso.
O preço dos excessos também aparece nos depoimentos da família. Sua filha Lola conta como foi impossível manter uma relação saudável com o pai durante os anos de vício. O próprio Sheen chora ao reconhecer: “Eu realmente machuquei as pessoas que amo. Não consigo imaginar ser meu pai”. Eita!
Aos 60 anos, Charlie afirma estar sóbrio há sete anos. O documentário mostra um ator menos exibido e mais reflexivo, mas ainda lidando com as marcas profundas de seu passado. “As coisas que pretendo compartilhar, fiz um voto sagrado de revelar somente a um terapeuta”, admite em uma de suas falas.
Em paralelo ao lançamento do documentário, Charlie Sheen também acaba de publicar sua autobiografia, "The Book of Sheen: A Memoir". O livro traz novas revelações, como o relato de quando perdeu a virgindade em Las Vegas com uma prostituta paga com o cartão de crédito de seu pai, Martin Sheen, e a lembrança da primeira vez que experimentou crack em 1992, levado por uma namorada.
Sheen também conta que foi Johnny Depp quem o introduziu ao cigarro nos bastidores de "Platoon", nos anos 1980... mais uma prova de como os excessos o acompanharam desde cedo.
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