O cantor Lucas Lucco e seu pai foram indiciados por estelionato pela Polícia Civil de Goiás nesta quarta-feira (16), após a denúncia de um empresário que alega ter sido vítima de fraude em uma negociação envolvendo veículos de luxo. Segundo o inquérito, o artista e seu pai teriam trocado duas Porsches com dívidas por uma outra Porsche sem pendências, causando prejuízo ao denunciante.
De acordo com as investigações, o empresário goiano ingressou com uma Ação de Conhecimento com Pedido de Tutela de Urgência contra Lucas Lucco, um intermediário, que também atuaria como advogado, e empresas associadas ao artista, alegando estelionato e fraude na transação dos carros.
A negociação teria ocorrido em novembro de 2023, quando Lucco adquiriu uma Porsche Cayman GT4 do empresário. Como forma de pagamento, ele teria repassado duas Porsches Panamera. No entanto, os veículos estariam com “pendências graves”, incluindo impostos em atraso e alienação fiduciária, o que inviabilizaria sua circulação e revenda. Segundo o empresário, o caso lhe causou um “prejuízo milionário”.
A ação judicial ainda relata a existência de um “contrato de permuta simulado”, supostamente assinado em 2024, mas com data retroativa a 2023, e acusa os envolvidos de forjarem “comunicados de venda fraudulentos” registrados no sistema da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), por meio das empresas Lucas Lucco Produções Ltda. e ALL Motors Shopping Car Ltda. O denunciante classifica os atos como “fraude registral” e “indício de estelionato”.
A defesa de Lucas Lucco afirmou que o cantor e seu pai “jamais participaram dos crimes perpetrados pelo intermediário” e alegou que ele atuava como “falso advogado”, utilizando “falsificação de assinatura digital do cantor, falsificação de documentos perante a Justiça do Estado de Goiás e outros artifícios”. Os advogados ainda afirmaram que Lucco e o pai sofreram “grande prejuízo financeiro” e que atualmente “não estão na posse ou propriedade de veículo algum”.
Por meio de sua assessoria, o empresário informou que “não se manifestará publicamente neste momento, em respeito ao sigilo das investigações”, mas reforçou sua “confiança plena na Justiça”. O caso segue em investigação pelas autoridades.
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