Após sofrer um AVC em março de 2017 ao cair no banheiro, Arlindo Cruz ficou incapaz de gerir o próprio patrimônio. A Justiça, então, tornou Babi Cruz, sua esposa, a tutora legal dos bens do cantor. Mas Kauã Felipe, filho de um relacionamento extraconjugal do sambista, foi pego de surpresa na época.
O rapaz só ficou sabendo do caso através da cobertura feita pela imprensa. A princípio, ele não se opôs à tutela financeira da madrasta, mas se incomodou ao descobrir que havia sido ocultado de um pedido para movimentar as contas jurídicas de uma das empresas de seu pai; apenas Flora e Arlindinho Cruz, filhos do artista com Babi, foram consultados.
Depois desse episódio, Kauã entrou na Justiça para se manifestar contra a manutenção da mulher de Arlindo como tutora legal dos bens materiais, alegando ainda que ela estaria em um novo relacionamento, mesmo sendo casada no papel com seu pai. Babi, por sua vez, negou que o pedido tenha sido ocultado de Kauã, alegando que o próprio não mora no Rio de Janeiro e não teria indicado um representante legal no processo.
A esposa de Arlindo disse também que o próprio sambista seria prejudicado pelo processo, já que o pedido para movimentar as contas jurídicas seria para realizar tratamentos caros e fundamentais que poderiam mantê-lo vivo.
Arlindo Cruz morreu na tarde desta sexta-feira, 8 de agosto, aos 66 anos. O cantor, multi-instrumentista e compositor lidava com sequelas graves do AVC que sofreu em 2017 ao cair dentro do próprio banheiro. A informação foi confirmada por Babi Cruz à imprensa.
O artista estava internado no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada, mas nos últimos oito anos, Arlindo chegou a tratar mais de 30 pneumonias e passar por 65 cirurgias na cabeça, além de ser diagnosticado também com uma autoimune. Recentemente, ele passou por uma traqueostomia e se alimentava através de sonda desde então. Ele era acompanhado por fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos especializados desde o acidente.