Lalu Muhamad Iqbal, governador da província onde está localizado o Monte Rijani, na Indonésia, emitiu uma carta aberta ao Brasil, onde reconheceu que há falhas na infraestrutura de resgates no local. No último dia 24, Juliana Marins foi encontrada morta após cair em um penhasco durante uma trilha. Foram quatro dias até que o corpo da jovem fosse localizado e a demora pode ter contribuído para o óbito da publicitária.
“Reconhecemos que o número de profissionais de resgate vertical certificados segue insuficiente e que a nossa equipe ainda tem falta de equipamentos necessários para essas missões”, disse o governador através das redes sociais. Ele ainda reconhece que a segurança precisa ser melhorada. “A montanha passou de um destino de trilhas para uma atração internacional de turismo”, destaca.
Lalu culpa o tempo pelas falhas na operação de resgate a Juliana. “Neblina intensa e chuvas persistentes prejudicaram os esforços de resgate desde o primeiro dia, tornando difícil até para que drones com sensor de calor detectassem as coordenadas precisas. Além disso, o terreno arenoso criou risco extremo para os dois helicópteros”, justificou.
O governador ainda diz que “agiu com urgência e dedicação” assim que foi informado do acidente. “Eles [a equipe de resgate] colocaram a própria segurança em risco para cumprir essa missão. Muito deles eram voluntários, impulsionados apenas por compaixão e humanidade”, destacou.
Agora, Lalu se compromete a aumentar o preparo para possíveis novas emergências e busca parcerias com especialistas globais em montanhismo e operações de resgate vertical. O parque onde aconteceu a tragédia já foi reaberto, menos de uma semana depois.
A Prefeitura de Niterói, cidade onde Juliana Marins nasceu, revelou que vai gastar R$ 55 mil para o translado do corpo da jovem ao Brasil. Segundo informações do G1, eles vão arcar com o custo total do processo de repatriação dos restos mortais.
Além do translado, a prefeitura anunciou uma homenagem à publicitária, que trabalhou na empresa de Preta Gil: a trilha e o mirante da Praia do Sossego vão ganhar o nome da moça apaixonada por desbravar a natureza.
Recentemente, Mariana, irmã de Juliana, se reuniu com Rodrigo Neves, prefeito de Niterói, para tratar do translado. "Juliana amava Niterói. Ela era apaixonada pelas praias de Niterói. Essa cidade era uma coisa que ela amava de paixão", comentou.
Alexandre Pato também ajudou financeiramente a família de Juliana. Segundo informações do Portal Leo Dias, o jogador comprou as passagens de avião para que os familiares da publicitária retornem ao Brasil.
Alexandre já havia se colocado à disposição para custear o translado do corpo de Juliana. A família dispensou a ajuda depois que a prefeitura de Niterói assumiu os gastos.