A febre dos bebês reborn, isto é, dos bonecos hiper-realistas, está dominando as paradas! Diversos famosos já aderiram à tendência, dentre eles a ex-BBB Gracyanne Barbosa.
Além disso, até mesmo a novela "Vale Tudo" já mostrou que está abordando o tema, com a personagem de Aldeíde (Karine Teles) e o modelo cafajeste César (Cauã Reymond). No remake de Manuela Dias, o comparsa de Fátima (Bella Campos), junto com Olavo (Ricardo Teodoro), tornam-se vendedores desses bonecos, com direito até cena de parto!
Logo, até mesmo partos dos bebês já foram mostrados na web, e a psicologia faz um importante alerta. Além disso, muito se discute a respeito do apego que alguns indivíduos podem sofrer com relação aos bonecos. Sendo assim, a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do instituto MaterOnline, comenta sobre a situação.
De acordo com a especialista, existem casos onde esse apego ao bebê reborn é proveniente de questões emocionais. Dentre elas, podem ser citadas a vivência de um luto, ou até mesmo frustrações relacionadas à maternidade. Inclusive, a mulher também pode ter se apegado, diante de um desejo de ser mãe, ainda não realizado:
"Esse tipo de comportamento pode revelar afetos que precisam ser acolhidos e elaborados com acompanhamento psicológico", destaca a profissional.
Para complementar, segundo informações enviadas à imprensa, a psicóloga ainda menciona que essa ligação com os bonecos não substitui, de fato, toda a vivência com um bebê de verdade. Aliás, quando o apego se torna cada vez mais intenso, pode salientar certo sofrimento emocional:
"Não é sobre fantasia ou brincadeira. É uma tentativa simbólica de suprir algo que está faltando emocionalmente", salienta. A seguir, confira algumas dicas dadas por ela, para lidar com essa situação do apego simbólico:
- 1. Busque auxílio psicológico: procurar ajuda com um psicólogo perinatal pode ser fundamental para entender todos os sentimentos envolvidos, além de transformar esse desejo de ser mãe em algo mais concreto;
- 2. Não faça julgamentos de modo apressado: muita exposição pode acabar acarretando comentários negativos, e quem está mais frágil pode acabar tendo seu sofrimento intensificado;
- 3. Desejo em ação: a psicoterapia é um bom caminho para ajudar no planejamento materno, seja na gestação, na adoção, ou em outros caminhos;
- 4. Seja respeitoso com seus sentimentos: a especialista destaca que não tem certo ou errado em sentir, mas deve-se reconhecer o que está por trás do vínculo, e buscar ajuda.