A Polícia Federal foi até a casa de Luma de Oliveira, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (12) cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio, atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF-RJ). Segundo o advogado Michel Asseff Filho, que foi chamado ao local após a chegada dos policiais, a ex-mulher de Eike Batista foi não esperava ser envolvida na ação, que determinou o bloqueio de R$ 3 bilhões em bens do empresário. "Ela foi pega de surpresa", disse o profissional ao Purepeople.
Ainda de acordo com o advogado, quando chegou ao local Eike Batista já estava na casa de Luma, que mostrou tranquilidade a todo o momento, inclusive quando os agentes da PF apreenderam os três carros de luxo que estava na garagem da ex-modelo. Segundo informações do jornal "O Globo", foram levados dois automóveis modelo Toyota Hilux e um BMW X5. Uma Range Rover, que pertence a Thor Batista, filho mais velho do empresário, não estava no local e por este motivo não foi levada.
Michel Asseff Filho afirmou que ainda não tomou conhecimento do processo, cujo valor é o dobro do que havia pedido o Ministério Público em denúncia, em setembro de 2014: "Mas agora que a Luma, que é a minha cliente, passou a ser diretamente atingida, vou entrar no processo para saber como agir legalmente", explicou. Vale lembrar que após a separação, Luma recebeu de Eike Batista duas casas, além de uma quantia de US$ 20 milhões.
Empresário também teve quadros e carros apreendidos
Na primeira semana de fevereiro, Eike Batista teve obras de arte, como quadros e esculturas, R$ 90 mil em espécie, computadores, telefone celular, motores para lanchas, relógios e seis carros, sendo dois de luxo, também apreendidos pela Polícia Federal. Entre os automóveis, estava um Porsche Cayenne, avaliado entre R$ 600 mil e R$ 700 mil e um Lamborghini Aventador LP700-4, modelo 2012, que decorava a sala da mansão de Eike e tem seu valor estimado em R$ 2,8 milhões.
Em entrevista ao jornal "O Globo", o advogado de Eike Batista, Sérgio Bermudes, condenou a ação da PF e disse que vai recorrer da decisão de bloqueio de bens junto ao Tribunal Regional da Justiça Federal. "Não ficou dinheiro nem para comprar comida. O juiz calculou, não sabemos como, em R$ 3 bilhões o prejuízo causado por Eike a vítimas (da crise de suas empresas). Mas esse valor ainda não foi decidido. E só seria decidido depois de uma sentença condenatória transitada em julgado. Só aí essas vítimas poderiam propor uma ação para provar os danos sofridos", explicou o advogado do empresário, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo e viu sua colocação despencar em 2013.