Os acusados pela tentativa de homicídio contra Mingau, músico da banda Ultraje a Rigor que levou um tiro na cabeça, serão levados a júri popular. João Vitor da Silva Coelho, Pablo William da Silva Mostarda e Ray Limeira Belchior são apontados como os responsáveis pelo crime.
Para o juízo da Vara Única da Comarca de Paraty, as provas técnicas e os depoimentos da vítima e das testemunhas dão conta de que os três dispararam os tiros em direção ao carro do músico. Ele estava com um amigo no veículo quando foi atingido na cabeça. O quarto acusado, Lorran Nascimento Moraes, se livrou das acusações pois não há elementos mínimos de autoria.
A denúncia aponta que João, Pablo e Ray tinham envolvimento com o tráfico de drogas da região da Ilha das Cobras, em Paraty, onde o crime ocorreu. Os bandidos teriam confundido o carro de Mingau, uma Ford Ranger, com o de policiais militares.
Segundo a última atualização pública do estado de saúde de Mingau, em junho, o músico voltou para uma clínica de suporte, onde realiza um programa de recuperação.
A filha de Mingau, Isabella Aglio, destaca que as atividades da clínica trouxeram resultados positivos. O músico já faz movimentos de tronco e membros com ajuda dos fisioterapeutas.
"Além dos exercícios duas vezes por dia, cinco dias por semana, o contato com os profissionais e os outros pacientes, seja na sala de reabilitação ou no solarium, é um estímulo e tanto", completa Isabella.
Ainda segundo a filha, o integrante do Ultraje está cada vez mais atento e interage com as pessoas. "O Dr. Luiz Dourado [neurologista clínico] confirmou que ele tem consciência, sim. Basta ver o quanto adora 'aprontar' com a gente. Outro dia, bocejou tão alto que assustou minha mãe. E foi só ver o susto dela pra continuar bocejando... E cair na gargalhada!", relatou.
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