Dado como morto após levar uma série de tesouradas de Sophia (Marieta Severo), e ser enterrado vivo Mariano (Juliano Cazarré) decide se vingar da ex na reta final da novela "O Outro Lado do Paraíso". Ao acordar, o garimpeiro conta a Mãe do Quilombo (Zezé Motta) o ataque que sofreu da vilã e jura vingança. "Quero dar o troco em quem fez isso comigo", afirma o também ex de Lívia (Grazi Massafera). Mariano é golpeado pela mãe de Estela (Juliana Caldas) ao chantageá-la após descobrir que ela é a assassina de Vanessa (Fernanda Nizzato). Com a ajuda de Zé Victor (Rafael Losso), que flagra o suposto assassinato, Sophia enterra o garimpeiro. As cenas irão ao ar em abril, adianta o colunista de TV Daniel Castro nesta quarta-feira (21).
Em seguida, o rapaz fica 10 capítulos fora do ar até aparecer sob os cuidados de Mãe na casa dela. "Eu não sei quem você é. Chegou aqui sujo de terra e de sangue. Ferido, com as tripas de fora. Os olhos pedindo socorro. Mais um pouco e já não estava nesse mundo. Nem sei como se arrastou até minha porta. Nem donde veio. Mas você não é dessas bandas, não", diz ela. "Não fala. Guarda tuas forças. Acho que você não sabe, aqui é um quilombo. O povo me chama de Grande Mãe porque cuido de todo mundo aqui. O quilombo foi feito por escravos fugidos que se juntaram para viver em liberdade. Nós não tinha remédio. E tivemos que inventar os nossos. Refizemos antigas receitas africanas, guardadas na nossa memória", acrescenta.
Um pouco depois, Mãe afirma que Mariano não corre mais risco de morte. "Não sei se você pode estar fugindo. Quem te feriu. Mas eu não nego ajuda pra quem me pede. Tem que dormir para se recuperar. Tua barriga está toda costurada, não pode se mexer muito. Mas fica tranquilo. Eu vou cuidar de você até ficar bom", avisa. Uma cena mais tarde, o garimpeiro acorda e conta o ataque sofrido: "Foi uma mulher. Ela gostava de mim. Mas eu me apaixonei pela filha dela". "Mulher ferida no coração vira bicho", responde Mãe. A essa altura, um brinco terá sido achado por Gael (Sergio Guizé), que descobre, assim, o envolvimento da mãe no sumiço de Mariano.
A partir daí, o garimpeiro começa a relatar o que aconteceu no dia de sua "morte". "Ela tentou me matar, sim. Me pegou de surpresa. Porque senão eu dava conta dela com um tapa. Mas ela foi esperta. Ela e um capanga, era meu amigo, mas virou capanga dessa mulher. Me enrolaram num lençol, me botaram num carro e me trouxeram para perto daqui. Acordei, ainda estavam me levando", inicia. "Estava escuro, não viram que eu acordei. Ainda bem, senão ela terminava o serviço ali mesmo. Ele abriu uma cova. Mas era uma cova rasa. Foi a minha sorte, não tinha mais força, não. Fiquei lá, com a terra entrando na boca, sem ar. Mas eu tinha ouvido que não era cova funda. Ouvi o barulho deles indo embora, tratei de empurrar a terra. Saí daquela cova mais morto do que vivo", completa. "Não sabia onde estava. Eu me arrastei. Me arrastei sem saber para que lado estava indo. Segurei as tripas com a mão. Até ver de longe a casa da senhora. Não sabia onde tava, nem quem era. Vim para cá, estava amanhecendo. Nem tinha mais força pra pedir socorro", finaliza. É aí que ele promete vingança e é alertado pela cuidadosa. "Na hora certa vai sair. Mas, do jeito que tá, morre antes de chegar numa cidade. Se acalma. Toma esse chá. Vai descansar. Vai recuperar tuas forças", pede. "Tudo tem a hora certa. Até a vingança", responde o garimpeiro.
(Por Guilherme Guidorizzi)