Você acha que está sendo uma boa pessoa, mas esse hábito invisível vai tirar sua felicidade sem você perceber
Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 21:23
Por Luiz Eugênio de Castro | Reality show, redes sociais e TV
Leonino apaixonado por entretenimento e cultura pop! Filho legítimo de Britney Spears e obcecado pela Anitta, claro!
Psicólogos revelam por que o hábito de sempre agradar os outros não é gentileza, é sobrevivência!
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A forma como somos criados impacta - e muito! - o modo como nos relacionamos ao longo da vida. E, quando o assunto é complacência, muita gente confunde o comportamento com bondade. Mas não é bem assim. Bondade é uma inclinação genuína para fazer o bem; já a complacência envolve colocar as necessidades dos outros sempre acima das próprias.

Em entrevista ao podcast HBR IdeaCast, da Harvard Business Review, a especialista Hailey Magee explica que esse movimento de priorizar sentimentos, desejos e sonhos alheios, sacrificando os próprios, não é um gesto de gentileza - é autossacrifício. “Colocar as necessidades dos outros em primeiro lugar, abrindo mão das suas, não é ser amável ou bondoso, porque você se sacrifica no processo”, afirmou.

O psicólogo Nicolás Salcedo reforça essa visão. Para ele, “ser uma pessoa complacente não é bondade, é sobrevivência”. E a raiz disso, segundo ele, está na infância!

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A infância típica de uma pessoa complacente

De acordo com a psicologia, pessoas criadas por pais emocionalmente imaturos tendem a desenvolver determinados padrões nas relações e a complacência é um dos mais marcantes.

Salcedo explica que é comum ter crescido em um ambiente onde “um dos seus pais determinava o bem-estar emocional de todos”. Se esse adulto acordava irritado, o clima ficava tenso e todos tentavam evitar conflitos; se estava calmo, você permanecia alerta, observando qualquer sinal de mudança para evitar problemas.

“Isso te treinou para ser especialista em antecipar o estado emocional dos outros”, afirma. O psicólogo descreve que, na prática, a criança aprende a vigiar expressões, tons de voz e gestos, ajustando seu comportamento de acordo com o impacto que isso teria no adulto. “Qualquer coisa podia indicar perigo, mas você já estava preparado e sabia exatamente o que precisava fazer para conter o estado emocional dele”, continua. 

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Dessa forma, a complacência surge como uma estratégia de sobrevivência - não como generosidade.

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O hábito que vira armadilha na vida adulta

O problema é que, ao mitigar conflitos em vez de enfrentá-los, a criança aprende a fugir e esse padrão se repete no futuro. “Graças a isso você sobreviveu e conseguiu sair daquele ambiente”, analisa Salcedo. “O que você não sabia é que, no futuro, isso te traria problemas.”

Segundo o especialista, esses padrões de sobrevivência passam a perseguir a pessoa na vida adulta, transformando-se em um hábito invisível que a torna responsável pelo bem-estar emocional dos outros, mesmo sem perceber - e sempre em detrimento do próprio.

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Salcedo resume: “Parece muito confortável para manter a paz, mas se pergunte: a paz de quem você está mantendo? Spoiler: não é a sua".

Os sinais de que você se tornou complacente

O psicólogo afirma que é comum que pessoas com esse histórico:

  • tenham medo de dizer “não” por receio de gerar conflito;
  • assumam a responsabilidade pelas emoções alheias e negligenciem as próprias;
  • escondam sua identidade atrás de máscaras para agradar;
  • apresentem baixa autoestima;
  • tenham dificuldade em estabelecer limites;
  • absorvam culpas que não lhes pertencem;
  • dependam da aprovação externa para sentir valor.
Como começar a sair desse ciclo

A terapia é o caminho mais eficaz para desconstruir esse hábito, mas Salcedo sugere um primeiro passo acessível: aprender a expressar o que realmente sente.

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Para isso, ele recomenda a escrita terapêutica como forma de liberar a carga emocional acumulada ao longo dos anos. “Isso vai te permitir, mais adiante, enfrentar a dificuldade de dizer não e de colocar limites”, aponta.

Quando esse processo começa a acontecer, as relações se tornam mais saudáveis. A pessoa passa a ser responsável pelos próprios sentimentos - não pelos dos outros - e recupera autonomia emocional. Para quem se identifica com esse padrão, Salcedo deixa um recado: há saída, e ela leva a mais força e maior felicidade no fim do caminho.

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