O clima era de celebração nos Estúdios Globo nesta segunda-feira (28), com a grandiosa festa em comemoração aos 60 anos da emissora. Mas, entre tantos artistas, brilhos e performances — como a de Ivete Sangalo — um detalhe chamou atenção: a única exigência feita por Cauã Reymond para participar do evento.
De acordo com o colunista Valmir Moratelli, da Veja, o ator que interpreta César em "Vale Tudo" surpreendeu a produção com um pedido fora do script: impôs uma condição inusitada que intrigou os bastidores da Globo.
Segundo fontes ligadas à produção da festa, o ator, que está atualmente no ar no remake de Vale Tudo, solicitou expressamente não passar pelo tradicional tapete azul. O corredor, que funciona como uma espécie de "tapete vermelho global", estava cercado por cinegrafistas, fotógrafos e repórteres em busca de declarações e imagens exclusivas. Cauã preferiu evitar o burburinho.
Ele optou por permanecer nos bastidores, em um camarim reservado, até o momento de sua entrada no palco ao lado de Ivete Sangalo. O objetivo? Evitar ser confrontado sobre os rumores que circulam sobre seu comportamento nos bastidores da novela. Nos últimos meses, o nome do ator esteve envolvido em uma série de polêmicas, que foram de denúncias formais a piadas públicas durante o próprio especial da Globo.
Durante o programa comemorativo, os humoristas Fábio Porchat e Paulo Vieira satirizaram as supostas brigas nos bastidores de Vale Tudo, incluindo uma rixa com o ator Humberto Carrão e queixas feitas por Bella Campos — que formalizou reclamações no setor de compliance da emissora.
Em tom de deboche, Paulo Vieira soltou: “Abaixa o braço, tá com ‘cecê’ de seis braços”, enquanto Porchat ironizava com a resposta atribuída a Cauã: “É a masculinidade”. Tatá Werneck também entrou na brincadeira, alfinetando os bastidores da novela como “o que mais grudou o público na tela”.
Segundo relatos da colunista Carla Bittencourt, Bella Campos se revoltou com o comportamento do colega, que teria dito que ela “deveria aprender com ele” por ser mais experiente. A atriz ainda o acusou de mau cheiro durante gravações, o que teria sido minimizado por Cauã como “feromônio” e “sinal de virilidade”.
Outras atrizes do elenco, como Isis Valverde, Andréia Horta, Bárbara Reis e Débora Falabella, também teriam feito reclamações internas. As queixas incluíam uso de força física nas cenas, beijos com língua sem combinação prévia e gestos agressivos que ultrapassavam o limite do profissional.
Apesar das alfinetadas públicas, Cauã mostrou que não levou a zoeira para o lado pessoal. Na manhã seguinte à festa, ele postou uma foto ao lado de Tatá, Porchat e Paulo Vieira, ainda caracterizados como nos quadros de humor. A publicação foi interpretada como um gesto de bom humor — e talvez um aceno de reconciliação com a imagem pública.
Se foi um ato de estratégia ou sinal de maturidade, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: a exigência de evitar o tapete azul foi respeitada, e Cauã conseguiu cumprir sua participação artística sem ser colocado sob os holofotes das polêmicas — ao menos naquele momento.
