Conhecida por colecionar cirurgias estéticas ousadas, Andressa Urach virou assunto novamente ao revelar que passou por uma ceratopigmentação estética, procedimento oftalmológico que consiste na aplicação de pigmento na córnea, o que altera a cor dos olhos. Cerca de dois dias depois, ela relatou fortes dores, arrependimento e até medo de ficar cega.
O Dr. Halim Féres Neto, oftalmologista, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da clínica Prisma Visão, destaca que a ceratopigmentação estética não é recomendada por nenhuma sociedade oftalmológica reconhecida e pode causar danos permanentes à visão.
“O procedimento altera a córnea, que é uma estrutura essencial para a visão, sem necessidade médica. Não é autorizado no Brasil, e os riscos vão desde desconfortos persistentes até perda visual irreversível”, alerta o médico.
Entre os principais efeitos colaterais, estão inflamações crônicas da córnea, sensação constante de areia nos olhos, cicatrizes que comprometem o grau e a nitidez da visão, fotofobia e até dificuldade para examinar o fundo do olho, o que atrapalha o diagnóstico de diversas doenças, como diabetes.
Em casos mais graves, pode haver até necessidade de transplante, segundo o especialista. “Há pacientes que enxergavam normalmente antes da cirurgia e passaram a conviver com sequelas visuais severas, além de desconfortos diários. Muitos precisam passar por novas cirurgias para tentar corrigir os danos.”
O doutor ainda explica que o processo é indicado em casos de traumas oculares ou olhos cegos com cicatrizes profundas. Nessas situações, o procedimento ganha o nome de ceratopigmentação terapêutica.
Para quem deseja mudar a cor dos olhos, o mais recomendado ainda são as lentes de contato prescritas por um oftalmologista. “Essa é a forma mais segura e reversível de mudar a aparência dos olhos sem comprometer a saúde ocular”, orienta.
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