César Tralli emocionou os fãs, nesta quinta-feira (09), ao dividir memórias afetivas da mãe, Edna. O jornalista, que estreia no “Jornal Nacional” no próximo mês, remexeu nas memórias na data em que a morte da genitora completou três anos. Ela faleceu em um acidente de avião.
César encontrou todas as cartas que enviou para a mãe quando se mudou para Londres para estudar, ainda na adolescência. Ela guardava tudo carinhosamente em uma pasta. “Não tinha dinheiro pra telefonar. A grana mal dava pra comer. Então, toda semana eu ia até a agência dos correios no subúrbio de Londres, onde morava”, relembra.
Visivelmente emocionado, o jornalista leu para o público uma carta que escreveu no dia em que viajou para virar correspondente da TV Globo na Inglaterra, em 1995. “Mãe, vou fazer bonito lá! Pense positivo, continue forte, iluminada. Essa família é o que é graças à sua dedicação e ao seu amor. Tenho muito orgulho de você”, dizia o bilhete.
César, que será substituído por Roberto Kovalic no “Jornal Hoje”, reforçou a importância de manter essas memórias. “Mais do que saudade… Sinto uma gratidão infinita por tudo que ela representa em minha existência.”
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Além da mãe, Tralli precisou lidar com outra morte na família nos últimos tempos. Em 2018, com apenas 40 anos, a irmã do jornalista, Gabriela, faleceu por complicações de uma cirurgia no coração. “O coração começou a falhar. Na troca das válvulas do coração, ela não resistiu”, declarou o âncora em entrevista ao jornal Extra.
Gabriel nasceu portadora da Síndrome de Nooan, uma doença genética que afeta múltiplas partes do corpo. O jornalista tinha apenas 6 anos quando precisou ajudar os pais nos cuidados. “Isso a transformou numa eterna criança. Como minha mãe e meu pai trabalhavam muito, fui um segundo pai para ela. Desenvolvi esse dom muito novo. Cuidava dela, que tinha convulsões. Precisei intervir em situações bem violentas. Isso foi me dando a condição do cuidado”, refletiu.
César revelou que sua resistência inicial em ser pai vem, justamente, do medo de ter um filho que demandasse as mesmas atenções de Gabriela. “Pensava: 'E se eu tiver um filho com as mesmas dificuldades? Vai ser muito punk para administrar'. Depois da Manu, percebi que, se eu pudesse ter tido dez filhos, eu teria tido, porque a minha felicidade em ser pai é gigantesca. Nasci para isso”, ponderou.