Juliana Knust compartilhou com os seguidores que passou por um transplante capilar sem raspagem, técnica escolhida após ser diagnosticada com alopecia androgenética. A atriz contou que sempre teve pouco volume desde jovem e que, ao longo da carreira, recorreu ao mega hair para compor personagens.
“Desde muito nova eu tinha pouquinho cabelo, sempre muito ralinho... depois de muito tempo mexendo, eu fui tendo muita queda e perdendo volume”, relatou. Ela acrescentou que, nos últimos meses, precisou recorrer a acessórios como bonés, lenços e faixas para disfarçar a perda de fios.
Para explicar a condição e o procedimento escolhido por Juliana, a dermatologista Dra. Olivia Ribeiro, especialista em tricologia e transplante capilar, esclarece que a alopecia androgenética é uma doença crônica e progressiva, causada por fatores genéticos e pela ação dos hormônios androgênios sobre os folículos. Segundo ela, os tratamentos atuais incluem medicamentos orais e tópicos, além do transplante capilar, que se torna necessário quando o tratamento clínico não é mais suficiente.
Sobre o método sem raspagem, a especialista detalha que o processo é semelhante ao transplante tradicional, mas realizado com os fios longos. “A diferença é que, nesse método, tanto a extração quanto o implante dos fios são feitos com os cabelos longos, sem necessidade de raspar”, explica. Apesar de implantados compridos, os fios caem na fase inicial — como acontece na técnica convencional — e voltam a crescer no tempo previsto.
A médica destaca que essa modalidade costuma ser indicada para áreas pequenas, como entradas, frontal ou coroa, já que demanda mais precisão e permite o implante de uma quantidade menor de fios. “É uma cirurgia mais complexa e demorada, por isso calvícies extensas, como graus 6 ou 7, geralmente são tratadas com o transplante tradicional”, afirma. O método também é especialmente recomendado para mulheres, que muitas vezes têm dificuldade em aceitar a raspagem.
Em relação aos cuidados clínicos, a tricologista reforça que os tratamentos mais eficazes incluem medicamentos orais — como finasterida, dutasterida e minoxidil —, fórmulas tópicas e, quando necessário, cirurgia. “A combinação de terapias oferece resultados superiores a qualquer tratamento isolado, com ganhos no curto, médio e longo prazos”, diz.
Para quem avalia a possibilidade de transplante, a médica lembra que a indicação depende do estágio da doença e da resposta ao tratamento clínico. “O sucesso envolve avaliação completa, exames, acompanhamento especializado, experiência da equipe cirúrgica e a escolha do momento ideal para operar”, pontua.
Os primeiros sinais de melhora após o início do tratamento surgem entre três e quatro meses. “Os resultados realmente consistentes aparecem após cerca de 1 ano. Como a AAG é crônica e progressiva, o tratamento deve ser mantido por toda a vida”, conclui.
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