Desde que foi diagnosticada com diabetes tipo 1 em 2009, a cantora Paula Toller transformou completamente sua rotina. Aos 63 anos e com mais de três décadas de carreira, a artista mantém uma disciplina rigorosa com alimentação e atividades físicas, o que, segundo ela, é essencial para o controle da doença.
“Faço contagem de carboidrato em tudo o que como, para saber a dose de insulina que vou precisar tomar. Se você colocar um prato de comida agora na minha frente, sei dizer cada grama de açúcar que ele tem”, explicou ao Extra.
Praticante regular de exercícios, Paula alterna partidas de tênis, caminhadas e corridas, e só abre exceção nos dias em que está no palco. “Menos em dias de show, quando já me exercito demais em cima do palco”, contou.
Apesar de sempre ter se mantido magra, ela revela que os primeiros sintomas da diabetes surgiram justamente em um período em que se sentia bem fisicamente.
É difícil se manter bem depois dos 50, e às vezes estar magra não é garantia de saúde. Eu estava magra, magra, magra, e me sentia ótima, estava adorando, é claro. Mas suava muito, fazia xixi toda hora... Hoje eu levo uma vida quase normal, em termos de metabolismo. Mas se não controlar, as consequências podem ser drásticas. A diabetes é uma doença estranha
Ao compartilhar detalhes tão pessoais na época, Paula reforçou sua imagem de artista acessível, que equilibra a fama com uma vida cotidiana.
“Gosto de me exibir, de ser bem tratada, de que as pessoas falem comigo nos lugares a que vou. A fama tem o lado bom, óbvio, mas eu não exagero. Prefiro levar a vida com tranquilidade. No palco, sou 100% estrela, mas fora dele vou lá eu mesma escolher frutas no mercado. Faço tudo normal, anormal é a vida de artista.”
A maturidade também trouxe mais leveza e autoconfiança, inclusive em relação à imagem que o público tem dela:
No início, eu tinha problema com ser chamada de musa, ser desejada. Queria ser igual aos meninos, estar no lugar deles, jogar bola, experimentar aquela energia bruta. E realmente era muito divertido! Mas, com o tempo, percebi que o jogo da sedução com o público é uma delícia! Não sou uma diva de vestido longo, fazendo poses e cantando. Estou ali trocando com as pessoas, e de vez em quando elas me gritam coisas ousadas, como ‘Gostosa!’. Isso, quando é homem. Se é mulher, geralmente escuto: ‘Qual é o nome do seu cabeleireiro?’ (risos).