A atriz e comediante Berta Loran morreu na madrugada desta segunda-feira (29), aos 99 anos. A informação foi divulgada pela colunista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles. A estrela estava internada em um hospital de Copacabana, bairro localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre a causa do óbito.
Nos últimos meses de vida, Berta optou por ficar reclusa da imprensa. A atriz recusou um convite da produção do “The Noite”, programa do SBT, e também não quis participar do “Sem Censura”, da TV Brasil. Nem mesmo um áudio carinhoso enviado pela apresentadora Cissa Guimarães fez a comediante mudar de posicionamento. O site NewMag ouviu da cuidadora da artista que “Dona Berta não está falando com a imprensa” ao tentar uma entrevista.
A mesma reclusão acontecia na vida pessoal de Berta. Também segundo o Metrópoles, a atriz se afastou de amigos e evitava sair em público e receber visitas. A veterana completaria 100 anos de vida em março.
Ela nasceu com o nome Basza Ajs em Varsóvia, capital da Polônia. Com apenas 11 anos, deixou seu local de origem para fugir da perseguição dos nazistas, antes de estourar a Segunda Guerra Mundial. “Em 1933, ele [o pai] ouvia rádio. Hitler falava que ia matar todos os judeus, então, ele resolveu vir para o Brasil”, contou a atriz à revista Quem, em 2011.
Toda a família que permaneceu no país morreu, sem que ela tivesse notícia. “Éramos umas 300 pessoas por parte de pai e de mãe. Depois da guerra, meu tio foi para Varsóvia ver se tinha sobrado alguém. Não sobrou ninguém”, lamentou.
Berta estreou na televisão em 1951, um ano depois de o aparelho chegar ao Brasil. Ela estrelou diversos programas humorísticos, alguns deles, ao lado de Jô Soares, como “Viva o Gordo“ e “Planeta dos Homens”. Mas foi com Chico Anysio que ela deixou sua marca no imaginário do povo brasileiro. A comediante participou da icônica “Escolinha do Professor Raimundo”. A última participação na TV foi em 2019, na novela “A Dona do Pedaço”.
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