Paulo Cupertino foi condenado a 98 anos de prisão pela morte de Rafael Miguel e dos pais do ator, Miriam e João. Em seu depoimento durante os dois dias de julgamento, o pai de Isabela Tibcherani, que comemorou a condenação, negou os crimes. Mas acabou se contradizendo.
E o detalhe que pode ter passado despercebido por alguns, chamou atenção do Promotor de Justiça de São Paulo Thiago Marin e pode ter sido o que faltava para a condenação definitiva do acusado.
Ao falar sobre os anos que viveu foragido, Paulo Cupertino disparou: "Praticamente, eu fiquei andarilho, comendo cocô de cavalo, não matei mais ninguém”. Para o Promotor, um ato falho e praticamente a confissão dos crimes.
"A partir do momento em que ele diz ‘eu não matei mais ninguém’, automaticamente ele está dizendo que ele já matou alguém. Ele mudou de identidade, mudou de nome, mudou de rosto, mudou de tatuagem, mudou de cidade, só não mudou de caráter. Porque o verdadeiro caráter dele se revela ali na hora da responsabilidade”, pontuou, em entrevista ao "Fantástico" deste domingo (01).
Durante seu depoimento, Isabela Tibcherani lamentou ainda receber críticas por sua postura após a morte de seu até então namorado, Rafael Miguel, com quem já afirmou ter tido um reencontro sobrenatural.
"As pessoas ainda não se colocam no meu lugar. Sabe por que eu falo isso? Porque de todas as vezes que eu me coloquei aqui à disposição de dar depoimento, de falar abertamente sobre isso, que dói, as pessoas ainda têm coragem de dizer que eu consigo ser fria em certos momentos. Que eu falo com naturalidade", desabafou, entre lágrimas.
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