O corpo de Gilsinho, intérprete dos sambas-enredo da Portela, está sendo velado na quadra da escola, em Madureira, Zona Norte do Rio, nesta manhã de quarta-feira (1º). Primo do também puxador Luizinho Andanças, igualmente morto esse ano, Gilsinho tinha 55 anos e não resistiu a complicações de uma cirurgia bariátrica e sua morte teve uma inesperada ligação com questão espiritual.
O corpo de Gilsinho foi vestido com uma blusa azul e blazer branco, cores da escola, maior campeã do carnaval do Rio (22 vezes). Sob o caixão, uma bandeira da "A Majestade do Samba", cujo mais recente título, 2017, contou justamente com Gilsinho à frente do carro de som.
A quadra recebeu ainda várias coroas de flores em homenagem ao intérprete, velado sob forte emoção e choro de familiares e amigos.
Carioca nascido Gilson da Conceição em 17 de junho de 1970, Gilsinho antes de chegar a Portela em 2006 passou por escolas de São Paulo como a Vai-Vai, em 2001, sendo campeão, e Vila Maria, em 2005. Após oito anos na escola de Madureira foi para a Vila Isabel, onde ficou de 2014 a 2015.
De lá, regressou para a Portela, onde esteve até esse ano. Gilsinho ainda se dividiu na Tom Maior (desde 2022 até o carnaval 2025) e teve outras três passagens rápidas pela Vai-Vai. A morte de Gilsinho é uma grande baixa no carnaval do Rio após as mortes das carnavalesca Márcia Lage (em janeiro de 2025) e Maria Augusta (há menos de três meses, em julho).
Um ano antes, as despedidas foram para Rosa Magalhães e Quinho, intérprete dos sambas do Salgueiro. E em 2023, para um trio de carnavalescos: Mário Borriello, Roberto Szaniecki e Max Lopes.
