
Mais de 150 mil pessoas já compareceram à Basílica de São Pedro para as despedidas ao Papa Francisco, que morreu na última segunda-feira (21). Entre lágrimas e homenagens, uma situação, no mínimo, desrespeitosa tem acontecido: alguns visitantes fizeram selfies com o cadáver do pontífice.
Imagens da CNN e registros que circulam no TikTok mostram diversos visitantes, na quarta-feira (23), em tentativas de registrar o corpo falecido do papa.
No dia seguinte, o Vaticano mudou de postura. Segundo a CNN, autoridades passaram a pedir que os visitantes guardassem os celulares e não tirassem fotos do caixão. Os guardas também sofreram críticas nas redes sociais por não controlarem o uso de smartphones.

Segundo uma diretiva emitida pelo Vaticano há quase 30 anos, é proibido filmar ou tirar fotos do papa morto ou “em seu leito de doente”, exceto quando o camerlengo autoriza para fins documentais.
Enquanto fieis e autoridades do mundo todo se encaminham para o Vaticano, uma forte ausência marca as despedidas ao Papa Francisco: María Elena Bergoglio, única irmã viva do pontífice.
Segundo informações do jornal argentino La Nación, María sofre de problemas de saúde delicados, o que a impede de fazer viagens longas. Eles eram muito próximos, mas estavam há 12 anos sem se ver. A agenda intensa do papa e a dificuldade da irmã em viajar dificultaram um reencontro.
María chegou a renovar o passaporte para viajar ao Vaticano e visitá-lo, mas não foi liberada pelos médicos. Francisco era o mais velho de cinco irmãos, enquanto ela é a caçula. Os outros três irmãos faleceram. Atualmente, ela tem 77 anos e vive sob os cuidados de freiras em Buenos Aires.