A Globo já está focando suas atenções para a despedida de William Bonner do "Jornal Nacional" após quase três décadas à frente da bancada. A substituição planejada há cinco anos pelo menos será em 3 de novembro quando César Tralli assume o noticiário na etapa mais importante de uma grande dança das cadeiras que já estaria causando certos ciúmes nos bastidores.
A emissora carioca planeja uma edição especial para marcar o fim da passagem de Bonner pelo "JN". Nesse dia, o noticiário deve ter 15 minutos a mais dedicados ao jornalista, futuro apresentador do "Globo Repórter" ao lado de Sandra Annenberg em 2026 - para o qual terá uma redução no salário.
Qual é a ideia da Globo? Reunir diversos depoimentos de jornalistas da própria emissora e de famosos que conviveram/convivem com Bonner? Ex-mulher do apresentador e mãe de seus três filhos, Fátima Bernardes deve ser inclusa, relata o colunista Alessandro Lo-Bianco.
Ao mesmo tempo o arquivo da Globo já foi acionado pela equipe do "JN", onde Bonner estreou como titular em abril de 1996 substituindo Cid Moreira, um dos primeiros apresentadores do noticiário em 1969. A ideia é que até revelações inéditas da vida pessoal do jornalista apaixonado por carros raros esteja na homenagem.
Por fim, Amauri Soares, diretor de jornalismo, deve fechar os agradecimentos, e um bolo com o número 29 em formato de vela levado à redação-cenário do "JN" para uma celebração.
Mas não é só isso. Uma festa interna deve reunir os profissionais. E além da homenagem no "JN", outras deverão surgir no "Fantástico", "Mais Você", "Altas Horas", "Domingão com Huck" e "Caldeirão com Mion". Para terminar, uma edição do "Tributo" pode ser produzida.
Nessas quase três décadas de "JN", Bonner em diversos momentos deixou o estúdio e apresentou o noticiário diante da Boate Kiss e do Palácio da Alvorada. Cobriu ainda a derrota do Brasil na Copa do Mundo-1998, a morte do Papa João Paulo II e o conclave que elegeu o Papa Leão XIV.