Grazi Massafera, que atualmente vive sua primeira vilã, Arminda, em "Três Graças", da TV Globo, abriu o coração sobre autocuidado, maternidade, saúde mental e os bastidores de sua volta às novelas em entrevista à revista Boa Forma.
Entre gravações intensas, compromissos de mãe da adolescente Sofia, de 13 anos, fruto do relacionamento com Cauã Reymond, e a inevitável exposição pública, Grazi admite que encontrar bem-estar exige atenção aos pequenos gestos. Veja qual hábito simples e sem custo virou uma aliada poderosa da saúde mental da ex-BBB.
A chegada de Sofia mudou tudo. Grazi confessa que a maternidade trouxe medo, insegurança e, ao mesmo tempo, uma espécie de força que ela nunca tinha experimentado:
“De repente, tinha um ser pulsando dentro de mim. E aquilo me deixou muito insegura, em um primeiro momento. Mas, ao mesmo tempo, parece que me despertou uma força de leoa, e eu passou a fazer coisas por ela que eu nunca tinha feito nem por mim. E, a partir disso, eu comecei também a fazer por mim, eu comecei a me respeitar mais, a estudar mais, a ver o mundo de outra forma.”
Com relação à alimentação, Grazi é sincera e confessa que vem enfrentando uma batalha para alcançar seus objetivos. Ainda assim, reconhece a importância dos alimentos para o bem-estar:
“O que tem sido difícil para mim é a redução do açúcar. Eu consegui parar por um tempo, um mês. Aí quase surtei. Voltei a comer meus doces. E essa diminuição do açúcar que eu busco não é motivada por estética ou por uma [dieta, é por] saúde. [...] Eu gosto de me alimentar bem e de [forma saudável, mas] me dou o direito de comer umas coisinhas mais gostosas. [...] Mas assim, eu gosto de comer rabada, gosto de comer pé de galinha, gosto de comer de tudo. Frutas, verduras e legumes fazem parte da minha alimentação. Agora, tem um problema: eu costumo esquecer de beber água.”
Depois de seis anos longe das novelas, a recepção calorosa surpreendeu a atriz, que confessa adorar os comentários, os memes e a resposta imediata dos fãs. No ar como Arminda, Grazi admite que a personagem está em constante construção e que viver uma vilã exige intensidade emocional diária:
“A Arminda tem uma energia muito alta e é extremamente egocêntrica. E isso é um lugar que eu preciso trabalhar. Ela não é uma personagem convencional. Tem um pé no cartoon e um pé no overacting. Quando eu saio da Arminda, eu tento dormir, para tentar fazer ela ‘sair’ de mim. Apesar de ser uma ficção, a personagem acaba mexendo comigo, com as minhas emoções. E é difícil para o nosso corpo compreender o que está acontecendo.”
Um dos destaques da entrevista é o hábito simples que a atriz revelou fazer. Natural de Jacarezinho, no Paraná, ela explica que o contato com a natureza lembra quem ela é e devolve a noção do “tempo das coisas”. E é nesse ponto que entra o gesto acessível que virou sua principal “válvula de escape”:
“Fazer uma respiração de yoga me ajuda muito, assim como as sessões de psicanálise, em que eu não posso faltar. Também preciso tirar o sapato e pisar na grama. Esse é um recurso rápido para mim. Às vezes, estou em uma situação em que preciso resolver algo, e a respiração começa a ofegar, começa a vir uma certa ansiedade, e aí pisar na grama acaba oferecendo um certo alívio imediato para mim.”