
O carnaval 2025 do Rio prepara uma homenagem ao carnavalesco Laíla. Ícone da Beija-Flor e vítima da Covid-19 em 2021 aos 78 anos, o diretor será o enredo da azul e branca de Nilópolis no desfile do próximo dia 3 de março, uma segunda-feira.
Sempre presente no carnaval desde o final dos anos 1960, Laíla tem sido visto na Cidade do Samba, onde o barracão da Beija-Flor tem o seu nome. Ou melhor, é o espírito do carnavalesco que vem visitando o local, segundo quem trabalha ali.
"Tem pessoas que já cansaram de ver o Laíla por aí. Eu não vi, não tenho essa sensibilidade, embora seja espírita. Mas tem muita gente relatando isso, pessoal que trabalha no quarto andar, no terceiro, no primeiro... Gente que conheceu o Laíla. E gente que não conheceu, dizendo 'Ih, esse moço da camisa (do enredo) bem estava aí outro dia'", contou João Vitor Araújo, carnavalesco da azul e branca ao "Extra".

É importante lembrar que o desfile em homenagem a Laíla marca ainda a despedida do intérprete Neguinho da Beija-Flor da Sapucaí após 50 anos. Já na Grande Rio, a despedida é para Paolla Oliveira no posto de rainha de bateria, posto que reassumiu em 2020.
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Luiz Fernando Ribeiro do Carmo iniciou sua ligação com o samba desde criança no morro do Salgueiro. Fundador da Unidos da Ladeira, uma escola mirim, Laíla estreou entre as grandes escolas em 1968 no Salgueiro, mas fez escola foi na Beija-Flor, onde venceu 13 carnavais.

A primeira passagem durou de 1975 a 1980, retornando em 1987, saindo novamente em 1992 e retornando dois anos mais tarde, até 2018. Laíla também esteve na Vila Isabel, União da Ilha e na Águia de Ouro, de São Paulo.
O carnavalesco afirmou ter sido o idealizador da frase "Mesmo proibido, olhai por nós!", escrita em uma faixa colocada sob a lona preta que cobriu a escultura do Cristo Mendigo no desfile de 1989 da Beija-Flor, "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia". Carnavalesco daquele ano da "Deusa da Passarela", Joãozinho Trinta (1933-2011) também reivindicou a autoria da ideia.