
A moda dos corpos esquálidos nas passarelas estão com os dias contados. Não é de agora que as grifes abrem espaço para a diversidade nos seus desfiles e as semanas de moda de Nova York, Londres e Milão comprovam que essa valorização dos diferentes biótipos, tons de pele, cabelo e idade é um caminho sem volta. Muitas tendências já foram lançadas quando o assunto é look para as próximas estações, mas o resultado dessa mistura parece ser uma moda mais inclusiva e representativa, que se adapta aos novos mercados sem deixar de empoderar mulheres pelo caminho.
Todos os tipos de corpo são bem-vindos!
Não, você não precisa vestir manequim 36 para ter um "corpo de modelo". Lançando trends para makes de verão, grifes como Tommy Hilfiger, Chromat e Christian Siriano também brilharam ao levar mulheres gordas às passarelas da cidade de Nova York, provando que o padrão magro já ficou para trás no mundo da moda - e que roupas de alta-costura podem vestir qualquer tipo ou formato de corpo com a mesma facilidade, elegância e beleza. A Chromat, inclusive, inovou ao incluir uma mulher grávida no casting do seu desfile em comemoração aos dez anos da marca.
Mulheres mais velhas nas passarelas
Studio 189, Christian Siriano e Richard Malone foram algumas das marcas responsáveis por levar mulheres maduras às semanas de moda internacionais. As grifes norte-americana e britânica mostraram que as principais tendências do momento - como mangas bufantes, cintos largos e delineado colorido - podem ser usadas por quem quiser, independente de idade ou corpo. No caso da pele madura, o principal cuidado recomendado por especialistas é evitar produtos de alta cobertura para não pesar linhas de expressão e valorizar a beleza de cada mulher.
Cabelos cacheados, crespos e curtos
Cada vez mais, as mulheres têm abandonado os procedimentos químicos e assumido a curvatura natural dos fios. Não poderia ser diferente nas passarelas internacionais. Cabelos cacheados, crespos e mais curtos - em oposição aos lisos e longos característicos de temporadas passadas - foram valorizados nos desfiles de Victoria Beckham, Chromat e Studio 189.
Quanto mais diverso, melhor!
Mulheres trans, albinas, com vitiligo e de diferentes etnias desfilaram pelas passarelas de Nova York, Londres e Milão. É que grifes como Chromat, Tommy Hilfiger, Studio 189, Moschino e Etro fizeram questão de incluir um casting mais diverso aos seus desfiles de primavera/verão. A decisão das marcas parece seguir uma tendência já colocada em prática pela Fenty no ano passado: empoderar diferentes tipos de mulheres ao fazê-las ocupar espaços de destaque, aumentado a representatividade no mundo da moda.
(Por Bruna Vilar)