





O novo Papa Leão XIV pode até ser norte-americano - o primeiro da história, por sinal - mas seu coração é inteiramente latino. Robert Prevost fez a maior parte da sua jornada na Igreja Católica no Peru, onde até conquistou a nacionalidade peruana em 2015, e isso também moldou seu paladar para a tropicalidade.
Muito diferente da dieta de norte-americanos raiz, como Donald Trump, que levam hambúrguer, batata frita e donuts, Papa Leão XIV se apaixonou pela culinária do Peru, especialmente o ceviche, principal prato do país feito com peixe e/ou frutos do mar crus. Muito simples de fazer, o preparo se tornou o favorito do pontífice durante sua estadia de décadas no país.
Em uma entrevista coletiva, o atual bispo de Chiclayo [comandado por Leão XIV por anos], Edison Farfan, entregou as preferências do novo Papa além do ceviche: "Ele adorava cabra, pato com arroz e ceviche, esses eram seus pratos favoritos", entregou. Além disso, ele não dispensava uma cervejinha, conforme mostrado em um clique aqui no Brasil.
Há diferentes receitas de ceviche e com ingredientes diversos, mas geralmente o prato é feito com pescado cortado em cubos [salmão ou tilápia], limão, pimenta, cebola roxa e cheiro verde. Quando misturado, com sal, o resultado é tão maravilhoso que fica fácil entender porque o prato peruano conquistou tanto o Papa Leão XIV.
Papa Francisco, falecido no último dia 21 de abril, já vinha pensando sobre o seu sucessor e não escondeu publicamente o desejo que ele escolhesse o nome João XXIV, especialmente se seguisse a sua linha de liderança, mais progressista e menos conservadora.
Segundo a jornalista Ilze Scamparini, o primeiro desejo de Francisco já não foi cumprido por Papa Leão XIV: "Um desejo do papa Francisco ele já não satisfez, porque o papa Francisco por duas vezes se referiu ao sucessor dele como João 24. Ele preferiu Leão 14. Vamos ver o que isso vai significar", afirmou a repórter em uma aparição no 'Jornal Hoje' da última quinta-feira (08).
Sobre o nome escolhido pelo pontífice, a jornalista manteve cautela em julgá-lo: "Olha, eu acho que a gente vai ter que esperar um pouquinho para entender, vamos ver o que ele vai propor", comentou Ilze, que também emendou o fato da escolha de Robert Francis Prevost ter sido uma surpresa para ela:
"Fiquei muito surpresa. Embora ele já fosse um dos cotados, ele pertencia a uma segunda linha de candidatos. Foi uma surpresa grande, até porque esses favoritos da segunda linha nem sempre conseguem ultrapassar essa segunda linha", opinou a jornalista em conversa com César Tralli.