






Daniel Alves foi absolvido da condenação por estupro nesta sexta-feira (28). Após decisão unânime do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC), o jogador está livre da sentença de 4 anos e 6 meses por agressão sexual a uma jovem em uma boate de Barcelona, em 2022.
Agora, Daniel permanecerá em liberdade e sem nenhuma acusação na Justiça da Espanha. Segundo o documento publicado nesta sexta-feira (28), o TSJC aponta “deficiências de análise” na sentença e "falta de fiabilidade do depoimento" da vítima.
"O acórdão hoje notificado indica que a decisão recorrida já se referia à falta de fiabilidade do depoimento da autora na parte do relato que podia ser objetivamente verificada por se referir a fatos registados em vídeo, ‘indicando expressamente que o que relata não corresponde à realidade’", afirma a sentença, cujos trechos foram divulgados pelo G1.
Apesar de colocar em dúvida a versão da vítima, o TSJC reitera que a anulação da sentença "não significa que a hipótese verdadeira seja a que sustenta a Defesa do acusado” e completa: “A partir da prova produzida, não se pode concluir que tenham sido superados os padrões exigidos pela presunção de inocência”.
Daniel ficou mais de um ano preso enquanto aguardava julgamento e estava em liberdade provisória por ter pago uma fiança de 1 milhão de euros. Até o fechamento desta matéria, a defesa da vítima não havia se pronunciado publicamente.
[ALERTA: o texto a seguir pode conter gatilhos para vítimas ou pessoas sensíveis a assuntos relacionados a abuso sexual]
O caso teve início com uma ligação feita às 04h57 do dia 31 de dezembro de 2022. Foi o gerente do estabelecimento quem acionou a polícia. "Agressão sexual na boate Sutton. Ligação do gerente. Denuncia que uma menina diz ter sofrido assédio sexual. Houve contato físico. Ambas as partes estão no local. Chamam uma ambulância para o caso", descreve o documento.
Os policiais chegaram na boate por volta de 05h11. Cerca de 30 minutos depois, às 05h41, foi constatado que o caso tratava-se de uma denúncia de agressão sexual. Às 05h46, a Polícia deu conta de que Daniel já tinha ido embora do clube. Às 06h01, a vítima foi encaminhada para um hospital em Barcelona especializado em agressões sexuais. Por lá, ficou comprovado que houve penetração vaginal, o que desmontou uma das diversas versões apresentadas pelo atleta.
O boletim de ocorrência revelou, também, que outras duas mulheres, amigas da vítima, denunciaram Daniel por assédio sexual. Elas afirmam que o jogador tocou o corpo delas sem consentimento.