
Katy Perry virou notícia mais uma vez — mas, desta vez, não foi por um clipe extravagante ou lançamento musical. A cantora de 40 anos embarcou em um foguete da Blue Origin na segunda-feira (14), ao lado de outras cinco mulheres, entre elas a jornalista Lauren Sánchez, noiva do bilionário Jeff Bezos. O grupo protagonizou o primeiro voo suborbital 100% feminino da empresa espacial fundada pelo próprio Bezos.
O foguete New Shepard decolou do oeste do Texas e ultrapassou a chamada linha de Kármán, que define o limite oficial do espaço, a cerca de 100 km da superfície terrestre. Lá em cima, as passageiras experimentaram alguns minutos de gravidade zero, flutuando dentro da cápsula antes de iniciar a descida de volta à Terra — tudo em apenas 11 minutos de missão.
Embora tenha sido rápida, a jornada não saiu nada barata — pelo menos para quem paga do próprio bolso. A Blue Origin não revela publicamente os valores cobrados por passagem, mas especialistas da área estimam que o preço mínimo gira em torno de 500 mil dólares por pessoa (cerca de R$ 2,5 milhões na cotação atual).

Antes disso, há ainda um depósito não reembolsável de 150 mil dólares apenas para garantir uma vaga na fila, segundo a revista francesa Voici. E esse é só o começo.
A estimativa mais comum, de acordo com Marie-Ange Sanguy, editora da revista Espace et Exploration, é que a tarifa real esteja entre 1,2 e 1,3 milhão de dólares por passageiro. Um voo desses, afinal, custa entre 1 e 3 milhões de dólares para ser realizado — valor que precisa ser diluído entre os seis assentos disponíveis.
Em casos excepcionais, como no leilão do primeiro assento da Blue Origin em 2021, o bilhete chegou a ser arrematado por 28 milhões de dólares (mais de R$ 140 milhões).

Talvez não. Em entrevista recente à revista Elle, Katy mencionou ter recebido um convite da própria Blue Origin, o que sugere que ela tenha sido uma das convidadas VIP da empresa — prática comum em voos com grande apelo midiático. O ator William Shatner, por exemplo, também viajou ao espaço em 2021 sem pagar nada.
O gesto, claro, tem seu valor: além de turbinar a imagem da empresa, nomes como Katy Perry garantem visibilidade instantânea para um negócio que ainda tenta convencer o público de que o turismo espacial pode ser, algum dia, algo além de um luxo bilionário.