
Indicado ao Oscar, o filme de terror de Coralie Fargeat, "A Substância", estrelado por Demi Moore, foi considerado sangrento demais e banido no Oriente Médio e Norte da África.
O filme, que acompanha uma estrela de TV em declínio que toma uma droga misteriosa para criar sua dublê mais jovem — interpretada por Margaret Qualley —, levou a uma greve geral devido às suas cenas impactantes.
Em Cannes, "A Substância" foi aplaudido por 11 minutos pelos espectadores e também faturou o prêmio de Melhor Roteiro Original, mas não foi bem aceito em outros cantos do mundo, ainda mais em países mais conservadores.
"Ele só foi liberado para o festival, mas não poderá ser exibido em nenhum cinema da região. Há bastante nudez nele, o que viola o código moral egípcio. É horrível e não será aprovado pelos padrões do conselho de censura. Teria que haver pelo menos 56 cortes para que fosse exibido na tela grande", disse uma fonte do Daily Mail, fazendo referência ao Festival de Cinema de El Gouna, no Egito, no fim de 2024.

Para quem quisesse assistir o filme sem cortes e sem classificação lançada em streaming, antes era surpreendido com um aviso: "Embora este lançamento não seja classificado, o filme contém violência forte, sangue, nudez gráfica e palavrões frequentes que podem ser considerados ofensivos para certas culturas".
Na pele da protagonista Elisabeth Sparkle, Demi Moore, "rival" direta de Fernanda Torres na categoria de Melhor Atriz pelo Oscar, defendeu o filme "A Substância" dizendo que foi "uma maneira única e inovadora de abordar o tema do envelhecimento, essa busca pela perfeição, valorizando e validando os aspectos externos, assim como valorizando nosso interior".
Além de Melhor Atriz, o longa gravado na França também está concorrendo a outras categorias, como Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Maquiagem e Penteado.