Só se fala disso no X (antigo Twitter). "Muito Esforçado" ("Overcompensating") já virou obsessão entre os fãs de atores bonitos como Adam DiMarco e Rish Shah — mas não é só um desfile de abdomens sarados. A série acerta ao abordar sexualidade e identidade LGBTQIA+ com leveza, deboche e camadas emocionais surpreendentes.
Lançada em 15 de maio, a trama acompanha Benny (Benito Skinner), um calouro gay ainda não assumido, tentando sobreviver em uma universidade elitista, caótica e, claro, altamente performática. Ele conta com a ajuda de Carmen (Wally Baram), sua melhor amiga e confidente — uma caloura que vive o luto do irmão mais velho, irreverente e ferozmente leal, que rouba a cena com suas tiradas afiadas.
Disponível exclusivamente no Amazon Prime Video, "Muito Esforçado" já é considerado um dos maiores sucessos do ano, com impressionantes 94% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Ela se destaca especialmente por ser inspirada na vida real de Skinner, que também interpreta o protagonista. “Foi uma questão de vida ou morte pra mim. Me deixava doente, triste. Entendo por que demorei, mas se me arrependo de algo, é de não ter me assumido antes”, disse ele em entrevista ao The Cut. Essa honestidade é o que dá peso aos episódios, mesmo entre piadas com vômito sincronizado e trocadilhos sobre pênis.
E a trama fica ainda mais instigante quando a gente percebe que o próprio Benito criou, roteirizou e estrelou o personagem Benny. “Precisei mexer na minha voz de personagem enrustido. Nada de firula, porque ele não se permite se divertir. Mas dá pra ver que tem algo ali querendo sair.” O resultado é uma comédia ácida com alma — e que não está sozinha nessa!
Confira outras séries que também nasceram de experiências pessoais de seus criadores — e se transformaram em histórias impactantes.
Phoebe Waller-Bridge transformou sua peça solo, apresentada pela primeira vez no Edinburgh Fringe Festival em 2013, em uma série aclamada pela crítica. Na produção, ela interpreta uma jovem londrina lidando com luto, culpa e relacionamentos complicados. A personagem principal, embora fictícia, reflete aspectos da própria criadora. A série é conhecida por sua abordagem inovadora, incluindo quebras da quarta parede e humor ácido. Disponível na Amazon Prime Video.
Michaela Coel baseou esta série em sua própria experiência de abuso sexual. A trama segue Arabella, uma escritora que tenta reconstruir sua vida após um trauma. A produção é reconhecida por abordar temas complexos com sensibilidade e profundidade, explorando as nuances do consentimento e as repercussões emocionais do abuso. Disponível na HBO Max.
Issa Rae adaptou sua web série "Awkward Black Girl" para a televisão, explorando as nuances da vida de uma mulher negra em Los Angeles. A série aborda questões de identidade, carreira e relacionamentos com humor e autenticidade, oferecendo uma representação honesta das experiências de mulheres negras na sociedade contemporânea. Disponível na HBO Max.
Antes de "I May Destroy You", Michaela Coel criou e estrelou esta comédia sobre Tracey, uma jovem tentando entender sua sexualidade e fé. A série é inspirada nas próprias experiências de Coel e destaca-se por seu humor peculiar. "Chewing Gum" foi originalmente baseada na peça "Chewing Gum Dreams", também escrita por Coel. Disponível na Netflix.
Criada por Brian Jordan Alvarez, esta série web acompanha Caleb e seus amigos em Los Angeles, explorando relacionamentos e identidade sexual com um toque surrealista. A produção reflete as experiências pessoais do criador no cenário LGBTQ+, destacando-se por seu estilo absurdo e humor único. Disponível gratuitamente no YouTube.
Prevista para 2025, esta série criada por Rachel Sennott promete abordar temas de juventude e identidade com base nas vivências da comediante e atriz. O elenco inclui Odessa A'zion, Jordan Firstman, True Whitaker e Josh Hutcherson. Embora detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados, a expectativa é que a produção traga uma perspectiva única e pessoal.
Essas séries demonstram como experiências pessoais podem ser transformadas em narrativas universais, tocando o público com histórias de autenticidade e emoção.
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