Zac Efron parecia ter tudo: fama mundial, um rosto impecável e o sorriso mais carismático da Disney. Mas por trás do brilho de "High School Musical", o fenômeno que o transformou em um ídolo global, o ator travava uma batalha silenciosa e devastadora contra o vício em álcool e drogas.
“Eu estava bebendo muito. Demais”, confessou o ator em entrevista à The Hollywood Reporter em 2014. “E sim, também havia drogas. Quando você está nos seus 20 e poucos anos, é solteiro e vive em Hollywood... tudo está à sua disposição", completou.
Nascido na Califórnia, Zac Efron cresceu em uma família de classe média e começou no teatro ainda adolescente. Sua vida mudou em 2006, quando foi escolhido para viver Troy Bolton, o protagonista da trilogia "High School Musical", da Disney Channel. De repente, ele se tornou o rosto de uma geração... capas de revistas, turnês, multidões gritando seu nome!
Mas o sucesso meteórico veio com um preço. Segundo o próprio ator, a fama precoce o deixou vulnerável a um estilo de vida que fugia completamente do controle. “Não importa quem você seja, crescer é um desafio. Mas é especialmente humilhante quando seus erros acontecem de forma pública”, refletiu.
Durante as gravações dos filmes, e no período logo após o estouro da franquia, Efron mergulhou em festas, álcool e cocaína. De acordo com o TMZ, o vício teria se intensificado durante as filmagens de "Vizinhos" (2014), mas começou anos antes, ainda nos tempos da Disney. “Todo mundo sabia que ele estava com dificuldades envolvendo cocaína”, disse uma fonte da época.
Em 2013, a situação chegou ao limite. O ator precisou ser internado em uma clínica de reabilitação após anos de abuso de substâncias. Na época, a imprensa norte-americana especulou que ele estava lutando apenas contra o alcoolismo.
Zac preferiu o silêncio no auge da crise. Só meses depois, em entrevista exclusiva à The Hollywood Reporter, decidiu abrir o coração: “Não mudaria nada. Tive que aprender com tudo o que fiz. No mínimo, diria que foi uma jornada interessante”.
O ator também reconheceu o peso da exposição e da responsabilidade que vem com o estrelato juvenil. “Quando você tem sucesso muito jovem e aceita as coisas boas, precisa aceitar tudo - inclusive a responsabilidade. Em algum nível, isso envolve ser um exemplo. Mas sou humano, e cometi muitos erros. Aprendi com cada um deles", expressou.
Após deixar a clínica, Efron se juntou aos Alcoólicos Anônimos e iniciou um processo intenso de terapia e reconstrução pessoal. Os bastidores do período foram sombrios. Em 2013, ele quebrou a mandíbula após uma queda em casa - um acidente que, segundo ele, aconteceu enquanto tentava se manter sóbrio e reorganizar a rotina.
No ano seguinte, se envolveu em uma briga com um homem em situação de rua na região de Skid Row, em Los Angeles, episódio que ele classificou como “o momento mais assustador da minha vida”.
Mesmo com as turbulências, o ator encontrou força para recomeçar. O filme "Vizinhos" (2014) marcou sua virada de imagem: “Interpretar alguém perdido, descontrolado, era quase terapêutico. Pude rir de mim mesmo e seguir em frente".
O vício de Zac Efron não surgiu isolado, foi alimentado pela estrutura caótica de Hollywood e pelo isolamento que acompanha o estrelato. Ele já admitiu sofrer de insônia, ansiedade e depressão, condições que agravaram seu comportamento autodestrutivo. “Sou um cara que pensa demais. Fico preso nos meus pensamentos”, contou.
Em anos mais recentes, Efron tem buscado uma vida mais simples e introspectiva. Mudou-se para a Austrália, adotou hábitos saudáveis, passou a praticar esportes radicais e a viver longe dos holofotes. “Não existe final feliz, tipo ‘agora estou curado’. É um processo constante. Todos os dias são uma escolha e eu escolho continuar", disse ele, ainda na entrevista. Que o divo fique bem!
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