Na cinebiografia "Homem com H", que estreou com tudo e já ocupa o Top 1 da Netflix Brasil, reacendendo memórias da vida intensa de Ney Matogrosso, o público se depara com uma performance arrebatadora de Cazuza. Mas o que muitos não sabem é que por trás do papel está Jullio Reis, um nome ainda discreto no cinema, mas que carrega um vínculo inusitado com o pop brasileiro: ele é noivo de Manu Gavassi.
Aos 28 anos, o carioca Jullio Reis faz sua estreia no cinema como ninguém menos que Cazuza, em um dos retratos mais ousados da música nacional. Com passagens por marcas como Dolce & Gabbana e Handred, Jullio já era figura conhecida nas passarelas de Milão e São Paulo, mas agora dá um salto artístico ao interpretar um dos maiores ícones do rock brasileiro.
Apesar do papel intenso, Jullio mantém o perfil discreto. No Instagram, onde soma 58 mil seguidores, o romantismo com Manu Gavassi, 32, aparece sutilmente em apelidos carinhosos como "momô", "tutu" e "amor da minha vida". O casal se conheceu em 2021 e engatou o namoro após sete horas ininterruptas de ligação. O noivado veio em maio de 2024, durante uma viagem ao Japão, selando uma relação que já rendeu uma filha, a pequena Nara, nascida há apenas um mês.
Jullio contou ao Splash UOL que a experiência de viver Cazuza mexeu com ele mais na fase de preparação do que nas gravações em si. "É durante a construção que você mergulha muito no ambiente de casa, o ambiente em que estuda o texto, em que faz a pesquisa. Às vezes, as coisas dão uma embaralhada", revelou.
Mas o ator afirma que sabe separar bem a vida pessoal da arte: "Ou você corta o cabelo ou tira a maquiagem. É preciso dar uma mudada. Conforme você vai vivendo a sua vida, vai voltando para sua rotina, para sua casa, para os seus cuidados... Eu acho que isso vai diluindo".
A emoção de viver Cazuza também se intensificou em um momento marcante fora das telas: Jullio assistiu ao filme ao lado de Lucinha Araújo, mãe do cantor. "Ganhei um abraço apertado da Lucinha que fez minha alma sair lavada. Um abraço com Cazuza, que conta histórias e que carrega uma vida", publicou o ator.
O filme também reacendeu o interesse pelo romance real entre Ney Matogrosso e Cazuza, vivido no fim dos anos 1970. Eles se conheceram quando o jovem poeta tinha 17 anos e Ney, 39, já era um fenômeno nos palcos. O namoro durou apenas três meses, mas marcou ambos profundamente.
"Fui completamente apaixonado, mas era difícil conviver com os dois Cazuzas que havia nele", confessou Ney em entrevistas para as Páginas Amarelas de VEJA. "No lado público, se mostrava agressivo, louco, bêbado... Já na intimidade, era o oposto. Uma das pessoas mais encantadoras que conheci."
Mesmo após o término — que incluiu até uma cena violenta envolvendo um tapa após uma discussão —, a amizade persistiu. Ney esteve presente nos últimos dias de Cazuza, que morreu em 1990, vítima da AIDS. “Eu ia à casa dele só para fazer massagem nos pés”, relembra, com ternura.
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