
Papa Francisco foi sepultado ainda neste sábado (26), após o funeral que reuniu chefes de Estado e uma multidão no Vaticano. Após a cerimônia, o caixão do pontífice foi levado em um cortejo até a Igreja de Santa Maria Maior, em Roma, onde ele escolheu ser enterrado.
O sepultamento não foi aberto ao público. Apenas familiares e alguns representantes da Igreja Católica participaram da despedida final de Francisco. Mas o perfil oficial do Vaticano no Instagram decidiu sanar a curiosidade dos fieis e revelou detalhes do que aconteceu nesta última cerimônia.
Segundo o Vaticano, Francisco foi sepultado no nicho do corredor lateral da Basílica de Santa Maria Maior, entre a Capela Paulina, onde está o ícone de Nossa Senhora “Salus Populi Romani”, e a Capela Sforza.

Durante o rito, o Pai-Nosso foi entoado, além de salmos e intercessões. Depois da oração final, foram impressos no caixão os sigilos de diversos representantes da Igreja Católica, como o cardeal camerlengo da Santa Igreja Romana.
Os sigilos em questão são uma série de procedimentos e responsabilidades executadas durante o período de Sé Vacante, entre a morte de um papa e a eleição do sucessor.
O caixão foi colocado no túmulo e água benta foi aspergida. Por fim, um oficial eclesiástico ligado à basílica onde o papa foi sepultado redigiu o ato autêntico que atesta o sepultamento.

O caixão de Francisco foi colocado em frente ao Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro, onde foi recebido com muitos aplausos da multidão. A Missa das Exéquias abriu os ritos.
Em seu discurso de Homilia, pronunciamentos litúrgicos realizados após as leituras bíblicas, o cardeal italiano Giovanni Battista Re definiu Francisco como "um papa do povo, de coração aberto a todos" e destacou o posicionamento do líder no combate à pobreza e contra as guerras.
"Várias vezes utilizou a imagem da Igreja como um 'hospital de campanha' depois de uma batalha em que houve muitos feridos; uma Igreja desejosa de cuidar com determinação dos problemas das pessoas e das grandes angústias que dilaceram o mundo contemporâneo; uma Igreja capaz de se inclinar sobre cada homem, independentemente da sua fé ou condição, curando as suas feridas", declarou o cardeal, que chegou a ser interrompido por conta dos fortes aplausos dos fieis.
Cerca de 50 chefes de Estado acompanharam a cerimônia, entre eles, os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Lula e Donald Trump. Por volta de 7h, o caixão de Francisco saiu em procissão até a Igreja de Santa Maria Maior, em Roma.