






A confirmação da morte de Papa Francisco na manhã desta segunda-feira (21) trouxe também à tona uma relação de muito carinho do argentino com o Brasil.
Uma das provas disso é a histórica passagem do religioso pelo país em 2013, quando levou mais de 3,5 milhões de pessoas à Praia de Copacabana, durante missa da Jornada Mundial da Juventude - público, aliás, bem superior ao show de Madonna no ano passado.
O que muita gente não sabe é que a escolha do nome Francisco também teve uma influência brasileira.
O papa, na verdade, foi batizado como Jorge Mario Bergoglio e escolheu homenagear São Francisco de Assis, defensor dos animais, dos doentes e das pessoas em situação de pobreza, após uma conversa com o cardeal Cláudio Hummes.
"Ao meu lado, nas eleições, estava o arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, Cardeal Claudio Hummes, um grande amigo. Quando a situação ficava um pouco perigosa, ele me consolava. Quando os votos chegaram aos dois terços, começaram a aplaudir, porque o papa tinha sido eleito. E ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. E aquela palavra entrou na minha cabeça: os pobres. Pensei em Francisco de Assis”, disse o papa em conversa com a imprensa em 2013.
Claudio morreu em julho de 2022, aos 87 anos, após uma batalha contra o câncer. Além de ter inspirado o nome do papa, ele ficou conhecido por sua defesa pelos direitos e pelo modo de vida indígenas.
“Trago sempre vivas na memória as palavras que dom Cláudio me disse no dia 13 de março de 2013, pedindo-me que não me esquecesse dos pobres”, disse Francisco, em telegrama de pesar ao Cardeal Odilo Pedro Scherer após a morte de Claudio.