Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal vive um de seus capítulos mais tensos... o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A Procuradoria-Geral da República acusa Bolsonaro e outros sete réus de cinco crimes, entre eles abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Na quarta-feira (10), a sessão chegou ao quarto dia. Até agora, ministros como Alexandre de Moraes e Flávio Dino já votaram pela condenação do ex-presidente e seus aliados, enquanto Luiz Fux surpreendeu ao pedir a anulação do processo - decisão que, gerou reações intensas dentro e fora da Corte.
Nos bastidores, a apreensão é grande. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Bolsonaro estaria “em pânico” diante da possibilidade de prisão no Complexo da Papuda, temendo problemas de saúde e até represálias de outros detentos. Já Michelle Bolsonaro, sua atual esposa, estaria evitando telefonemas e mantendo uma rotina discreta em meio à turbulência.
Se no campo político a situação de Bolsonaro é delicada, na vida pessoal a temperatura não fica atrás. Segundo reportagem de Leo Dias no Metrópoles, a relação entre Michelle Bolsonaro e Rogéria Nantes, primeira ex-mulher do ex-presidente e mãe de Flávio, Eduardo e Carlos, é marcada por atritos constantes.
O estopim, de acordo com o jornalista, é que Michelle nunca teria engolido o fato de Rogéria continuar usando o sobrenome “Bolsonaro”. Em respeito aos filhos, Jair nunca a impediu, o que teria deixado a ex-primeira-dama profundamente incomodada. Pessoas próximas à família relataram ao veículo que “os filhos não suportam Michelle”. Eita!
Além da disputa de ego, houve também embates políticos. Rogéria, que já foi vereadora do Rio de Janeiro, tentou se articular para voltar à vida pública em 2020, mas encontrou resistência dentro da própria família, já que Carlos Bolsonaro também queria se reeleger vereador. O impasse acabou afastando ainda mais Michelle e Rogéria, reforçando a rivalidade.
A ex-mulher, entretanto, nunca deixou de estar por perto. Rogéria manteve negócios em sociedade com a família e até já disputou eleições contra o próprio filho Carlos. Formada em Publicidade e pós-graduada em Marketing e Administração, Rogéria já exerceu dois mandatos como vereadora no Rio, entre 1993 e 2000. Mesmo após o divórcio, ela continuou apoiando Jair publicamente - postura que reforça sua ligação política e pessoal com o clã Bolsonaro.
Recentemente, Rogéria esteve no noticiário ao ser feita refém em um assalto à casa da família em Resende, episódio que expôs novamente a fragilidade da segurança ao redor do núcleo familiar.