A disputa pelo paladar (e pela atenção) do público brasileiro ganhou um novo capítulo na noite da última terça-feira (15), quando a TV Globo estreou seu novo reality gastronômico, "Chef de Alto Nível", comandado por Ana Maria Braga. Com um cenário monumental e formato baseado no sucesso internacional "Next Level Chef", de Gordon Ramsay, a atração chegou cercada de expectativa... e dinheiro. Foram cerca de R$ 60 milhões investidos em publicidade.
Mas afinal, quem saiu vitorioso na guerra das panelas? O resultado surpreende e expõe um embate entre espetáculo e conexão emocional com o público! Vem saber tudo:
Segundo dados divulgados pelo O Tempo, a estreia de "Chef de Alto Nível" marcou 13 pontos de audiência com 28% de participação na Grande São Paulo. No Rio de Janeiro, o número foi ainda mais expressivo: 18 pontos e 34% de share, refletindo um crescimento de 2 a 5 pontos em comparação com as semanas anteriores.
O pico de audiência chegou a 21,8 pontos logo no primeiro minuto da transmissão, impulsionado pela entrega de horário da novela "Vale Tudo", que havia cravado 24,6 pontos.
Com isso, a Globo celebrou nos bastidores, não apenas pela performance de Ana Maria em horário nobre, mas também pela chance de finalmente emplacar um reality culinário após a passagem esquecível do extinto "Mestre do Sabor" (2019-2021).
Enquanto a Globo colhia os frutos da superprodução, o "MasterChef Brasil" seguia firme na Band. Segundo dados da Kantar Ibope obtidos pelo Notícias da TV, o programa da Band cravou 1,5 ponto em São Paulo, seu segundo melhor resultado da temporada, ficando atrás apenas do episódio exibido em 3 de junho, que marcou 1,6 ponto.
Mais importante... o público do "MasterChef" não migrou para a Globo, mesmo diante da estreia bombástica. A fidelidade pode ser explicada pelo tempo de exibição, já que a 12ª temporada do programa da Band está no ar desde o fim de maio e já exibiu oito episódios, o que facilitou o envolvimento do público com os participantes e seus arcos dramáticos.
Se nos números absolutos a Globo saiu vitoriosa, na repercussão nas redes sociais o clima foi outro. A pressa em criar emoção e eliminar três participantes de cara foi criticada pelo público online, que reclamou da edição acelerada, da falta de tempo para conhecer os participantes e da tentativa forçada de emocionar já no primeiro bloco.
O MasterChef, mesmo com menos audiência, colheu o respeito de sua base de fãs justamente por não apressar essa construção. E isso, em um reality, vale mais do que pontos no ibope: garante longevidade, engajamento e... relevância.
Em audiência, a Globo venceu com folga: o Chef de Alto Nível chegou a ter 842% mais ibope que o MasterChef, como apontou o jornalista Daniel Farad, do Notícias da TV. Mas em conexão com o público e crítica digital, o saldo foi bem menos favorável. No fim das contas, a guerra está longe de terminar... Qual lado você escolhe?