Há 28 anos no SBT, Ratinho chegou à emissora de Silvio Santos (1930-2024) após uma passagem de menos de um ano pela Record. Hoje com uma fortuna na casa do bilhão e proprietário de uma cadeia de emissoras de rádio, Carlos Massa lançou seu "Ratinho Livre" em setembro de 1997 após ser revelado pela CNT e não demorou muito para ultrapassar a Globo no horário nobre.
No dia 5 de março seguinte, por exemplo, derrotou o canal líder por 26 a 24 na Grande São Paulo, mas por volta das 23h25 abriu larga vantagem de 36 a 10. O sucesso era tanto que em dezembro de 1997 o comunicador envolvido em uma série de polêmicas, sendo a maior delas com Zezé Di Camargo e Luciano, se lançou na guerra de audiência dos domingos, passando a ser visto na TV nos sete dias da semana.
Já em agosto de 1998, trocou a Record pelo SBT em uma negociação de milhões. Mas o cenário pode ter sido diferente. Muito diferente, já que a Globo mostrou interesse na contratação de Ratinho. Sabia disso? Se não sabe, o Purepeople te conta!
Em 21 de março de 1998, Roberto Irineu Marinho, então vice-presidente da Globo observava "com muita tristeza" o fenômeno Ratinho, cuja mãe faleceu esse ano. "É um camarada com um carisma danado e poderia estar fazendo um programa de melhor qualidade, com grande sucesso. É um desperdício usar o Ratinho em um programa tão ruim", disparou à "Folha de S.Paulo".
Além de citar o "Aqui Agora" (SBT), como outro sucesso passageiro e polêmico, em suas palavras, afirmou que houve uma análise interna na contratação de Ratinho. "Chegamos a avaliar a hipótese de fazer um programa com ele, mas com outra linguagem, outro comportamento. Não há hipótese desse tipo de programa na Globo", frisou.
"(Foi cogitado) Um programa para jovens, mas desistimos da ideia. Isso foi antes de ele ter sido contrato pela Record. Ele ainda estava na CNT", concluiu o filho de Roberto Marinho. No ano seguinte, a Globo acabaria fazendo quatro contratações inesperadas até então: Ana Maria Braga, Luciano Huck, Jô Soares e Serginho Groisman.
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