Desde que Felipe Bressanim Pereira, o Felca, publicou um vídeo sobre “adultização” de crianças e adolescentes, o nome de Hytalo Santos ganhou força nas redes sociais. Na gravação, ele citou o influenciador paraibano de 28 anos, acusando-o de exploração de menores e alertando para o perigo crescente de conteúdos que expõem e sexualizam jovens em plataformas digitais.
A repercussão foi imediata. O nome de Hytalo, investigado desde 2024 pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), voltou ao centro de um turbilhão de denúncias e polêmicas. Agora, a ex-BBB Gizelly colocou ainda mais “lenha na fogueira” com uma comparação que já havia rendido processo judicial: a associação de Hytalo ao rapper norte-americano P. Diddy, investigado nos Estados Unidos por casos de exploração sexual.
O assunto ganhou novo fôlego quando a ex-BBB Gizelly comentou, no videocast LinkVip, que “o vídeo do Felca foi sensacional, foi maravilhoso, alertou várias pessoas que não sabiam da existência desse P. Diddy que é o Hytalo Santos”. A fala remeteu a um episódio de maio, quando o influenciador moveu uma ação contra a criadora de conteúdo Izabelly Vidal por tê-lo chamado de “P. Diddy brasileiro” e acusá-lo de envolvimento em exploração sexual de menores.
Segundo a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o processo por danos morais teve até liminar concedida, mas a decisão foi revogada no mesmo dia, quando a Justiça tomou conhecimento de investigações do Ministério Público da Paraíba (MPPB) sobre o caso.
As polêmicas se intensificaram após a TV Cabo Branco divulgar o relato de um ex-funcionário de um condomínio onde Hytalo morou, na Grande João Pessoa. Segundo ele, o influenciador promovia festas com drogas, bebidas e até preservativos jogados pelo chão, muitas vezes com a presença de menores de idade. “Eles andavam nos corredores fazendo bagunça, barulho, gritando, com palavras de baixo calão, prejudicando os moradores”, contou. O funcionário afirmou ainda que utensílios de apartamentos alugados para os convidados eram quebrados, e que o influenciador colocava os contratos em nome de terceiros para evitar restrições.
O MPPB confirmou que as apurações começaram no fim de 2024, após vizinhos denunciarem eventos com adolescentes fazendo topless e consumindo bebidas alcoólicas, usados para criação de conteúdo nas redes. A promotora Ana Maria França relatou que as festas aconteciam até altas horas, atrapalhando o descanso dos moradores. Nesta semana, a Justiça determinou o bloqueio das contas de Hytalo nas redes sociais, a proibição de contato com adolescentes citados no inquérito e a desmonetização de seus conteúdos.
Segundo o G1, o YouTube já removeu vídeos, restringiu o acesso de alguns conteúdos apenas para maiores de idade e desmonetizou totalmente o canal do influenciador. O TikTok informou que baniu um perfil de Hytalo pela segunda vez em 2025, enquanto a Meta, responsável pelo Instagram, ainda não se pronunciou. A defesa do influenciador disse que só vai se manifestar nos autos do processo.