LUTO: Morre Lúcia Alves, atriz de ‘O Cravo e a Rosa’, aos 76 anos após luta contra câncer no pâncreas
Publicado em 24 de abril de 2025 às 20:54
Por Pedro Henrique Cabo | Colaborador
Geek fashionista que canta 'Let It Go' no chuveiro, trata 'O Diabo Veste Prada' como religião e escolheu Piplup como seu inicial. Jornalista metido a designer, cinéfilo de Letterboxd e amante das artes.
Ícone da TV brasileira, atriz estava internada no Rio e teve carreira marcada por sucessos como ‘Irmãos Coragem’, ‘Tropicaliente’ e ‘Plumas e Paetês’
LUTO: Morre Lúcia Alves, atriz de ‘O Cravo e a Rosa’, aos 76 anos após luta contra câncer no pâncreas Internada com câncer, Lúcia Alves conheceu ex-marido,  Fred Schlesinger, na adolescência, aos 16 anos, nos anos 1960: 'Consegui 1º papel para ela no teatro' Lúcia Alves e Fred Schlesinger tiveram uma filha, Renata, nascida em meados dos anos 1970 Atriz Lúcia Alves participou ainda da novela 'Jogo da Vida' Ex-marido de Lúcia Alves, em foto na TV com Osmar Prado, Fred Schlesinger disse ter sido o 'descobridor' do talento da então mulher para a interpretação
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O Brasil se despede nesta quinta-feira (24) de uma de suas grandes atrizes. Lúcia Alves, conhecida por papéis marcantes na televisão, no teatro e no cinema, faleceu aos 76 anos no Rio de Janeiro, vítima de um câncer no pâncreas contra o qual lutava desde 2022. A atriz estava internada na Casa de Saúde São José, no Humaitá, em estado grave, após complicações da doença.

Com mais de 50 anos de carreira, Lúcia deixou sua marca em produções inesquecíveis como O Cravo e a Rosa, Tropicaliente, Verão Vermelho e, especialmente, como a índia Potira, de Irmãos Coragem, papel que a eternizou na memória do público brasileiro. Sua atuação intensa e carismática atravessou gerações, consolidando-a como uma figura icônica da dramaturgia nacional.

Uma trajetória de paixão pela arte

Nascida em 4 de outubro de 1948, na Tijuca, zona norte do Rio, Lúcia Alves estreou nas telinhas em 1969, na novela Enquanto Houver Estrelas, da extinta TV Tupi. No mesmo ano, passou a integrar o elenco da TV Globo, onde viveu personagens marcantes ao longo de décadas. Sua versatilidade artística também a levou ao cinema, onde foi premiada como melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília pelo filme Bendito Fruto, em 2004.

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Além da televisão e do cinema, Lúcia teve uma carreira sólida nos palcos e acumulou trabalhos em humorísticos, minisséries e programas especiais. Ao relembrar sua trajetória ao Memória Globo, a atriz chegou a afirmar: “Trabalhei 40 anos sem parar. Parei só para ter minha filha”.

Lúcia Alves e Fred Schlesinger tiveram uma filha, Renata, nascida em meados dos anos 1970 © Divulgação/TV Globo
Vida pessoal e últimos momentos

Lúcia foi casada por cerca de 20 anos com o também ator e diretor Fred Schlesinger, a quem conheceu ainda na adolescência, durante um curso de teatro. Juntos, tiveram uma filha, Renata. Segundo Schlesinger, ele foi responsável por conseguir o primeiro papel de Lúcia no teatro: “Vi nela um talento raro desde cedo”, contou.

A atriz foi internada no último dia 13 após sentir falta de ar e ser levada ao Centro de Emergência do Leblon. Transferida para a Casa de Saúde São José, passou os últimos 10 dias sedada e intubada. A unidade hospitalar confirmou o falecimento e se solidarizou com a família.

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Uma obra vasta e inesquecível

Lúcia Alves participou de dezenas de produções importantes, entre elas:

  • Irmãos Coragem (1970) – Potira
  • Plumas e Paetês (1980) – Veroca
  • Ti-Ti-Ti (1985)
  • Tropicaliente (1994)
  • O Cravo e a Rosa (2000)
  • Joia Rara (2013)
  • Uma Rosa com Amor (2010)
  • República do Peru (2015-2016)

Mesmo nos últimos anos de vida, Lúcia seguiu ativa e engajada. Após enfrentar um fracasso de audiência em uma novela anterior, teve um retorno marcante à Globo há 20 anos, provando sua resiliência e paixão pela atuação: “Carreguei nas costas”, afirmou sobre a produção.

Legado e despedida

O falecimento de Lúcia Alves representa uma perda profunda para a arte brasileira. A atriz deixa como legado uma obra extensa, rica em nuances e emoção. Sua voz, seu olhar marcante e sua entrega em cena continuarão vivos na memória afetiva do público.

Fica a saudade e a certeza de que Lúcia Alves foi, e sempre será, uma gigante da dramaturgia nacional.

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