
O escândalo familiar entre o rapper Emicida e o irmão e agora ex-sócio Evandro Fióti continua dando o que falar. Tudo começou quando o artista acusou o irmão de desviar R$ 6 milhões da empresa Laboratório Fantasma, criada por ambos.
Em entrevista ao "Fantástico" deste domingo (06), Fióti garantiu: "Não fiz [saques indevidos}. Todas as transferências e divisão de lucros para ambos os sócios nesses 16 anos sempre foram feitas seguindo os ritos de governança das áreas administrativa e financeira". E frisou: "Eu não trabalhei de maneira antiética nenhuma vez na minha vida".
"O problema começa quando eu percebi que existia um distanciamento entre nós, entre 2017 e 2018", entregou Evandro. A ruptura pública da relação entre os irmãos, no entanto, só aconteceu no final de março deste ano, quando o rapper revelou, através de um comunicado postado em sua rede social, que ele e Fióti não trabalhavam mais juntos.

Assim como Simone e Simaria, que se afastaram quando desfizeram a dupla de sucesso, Evandro Fióti assumiu que seu relacionamento pessoal com o irmão também ficou abalado por causa da briga profissional. "Eu tenho muita saudade do Leandro que se emocionava quando eu tocava violão".
"Aquela foi a energia que possibilitou que a gente como família construísse uma empresa para impulsionar os nossos sonhos", disparou visivelmente emocionado.
Leandro Emicida e Evandro Fióti tinham 50% cada da empresa que agencia a carreira do cantor. Anos depois, outras três empresas foram criadas pelos irmãos e uma alteração contratual deu a Emicida 90% do valor contratual, deixando Fióti com apenas 10% do total.

"Dinheiro nunca foi o que me mobilizou. O que me mobiliza é o que eu quero construir", avisou Fióti. "O que eu percebi é que a gente não foi preparado para os desafios que a ascensão econômica traria.
Fióti garantiu então que quando Emicida manifestou o desejo de romper a parceria, ele nunca quis. Nessa época, Emicida teria sido pego de surpresa com transferências milionárias que o irmão, Fióti, garante que foram feitas com o consentimento do rapper.
"Ele foi avisado, existe um e-mail e evidências de que ele sabia que eu ia sacar esse dinheiro [R$ 6 milhões]", pontuou. E lamentou o fato de ter sido tirado por Emicida da gestão da empresa. "Houve uma intenção [de me expulsar da empresa]. Acho que o ataque foi muito desproporcional. Não é porque é só uma relação entre irmãos. Seria desproporcional em qualquer relação".

Por fim, Fióti contou como a mãe está dividida entre os irmãos: "Não tem como ela escolher um lado, mas ela tem a compreensão do que aconteceu". E destacou que ela confia tanto nele, quanto em Emicida. "Ela conhece os dois filhos".
Também procurado pelo "Fantástico", Emicida não quis dar entrevista, mas falou sobre a briga judicial com o irmão através de uma nota. "Estou muito triste por ter que passar por tudo isso. Não quero e não vou espetacularizar essa situação, minha família que eu amo tanto".