
Neguinho da Beija-Flor deixa os desfiles de Carnaval neste sábado (8), já madrugada de domingo, no desfile das campeãs celebrando o seu 15º titulo em número igual de campeonatos da azul e branca. A aposentadoria do intérprete acontece aos 75 anos e após 50 anos à frente do carro de som da escola de Nilópolis, Baixada Fluminense, e sua mulher já revelou se Neguinho vai ou não desistir de pendurar o microfone.
Mas muito antes de pensar em aposentadoria, o cantor que não nasceu naquela cidade e tinha um curioso apelido no começo da carreira fez sua estreia em algo ligado ao carnaval e disso poucos sabem. E nos primeiros dias a experiência, segundo o próprio Neguinho, não foi nada tranquila. Muito pelo contrário. "Uma tragédia", resumiu o artista, que chama atenção pela evolução física ao longo dos anos.
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Em 11 de fevereiro de 1990, o jornal "O Globo" trazia entrevista com Neguinho, que se lançava como apresentador de televisão. A extinta TV Manchete transmitia de segunda a domingo boletins de carnaval com destaque para as personalidades ligadas à folia. "Confesso que fui apanhado de surpresa, pois a última coisa que eu imaginava era aparecer falando e não cantando diante das câmeras", admitiu o intérprete, que teve forte premonição envolvendo o título da azul e branca nesse 2025.
O baluarte da escola de Gabriel David acrescentou que se atrapalhou bastante no seu primeiro dia no estúdio da emissora carioca. "Na estreia como apresentador estava muito nervoso, ficava todo torto, errava frases, esquecia a pontuação, a respiração, uma tragédia. Hoje, se não sou nenhum Eliakim Araújo, fiquei muito mais esperto...", listou se referindo ao então âncora do "Jornal da Manchete", já falecido.
Por conta do trabalho na TV e a carreira de cantor, Neguinho tinha se afastado um pocuo da quadra da terceira maior campeã do carnaval carioca, atrás apenas da Mangueira e da Portela.