Uma dieta equilibrada é a chave para o emagrecimento e um corpo definido, mas muito além da estética, também traz benefícios para a saúde. Gisele Bündchen sabe bem disso segue tem uma rotina saudável, e justamente por isso não é todo alimento que ela serve em casa. Entre suas restrições estão o açúcar branco e os ultraprocessados.
Já te contamos aqui no Purepeople que Gisele Bündchen prefere os alimentos orgânicos em seu dia a dia, mas a atitude da modelo vai na contramão de boa parte da população brasileira, já que o consumo de alimentos ultraprocessados, que são banidos da deita da modelo, chega à mesa de mais da metade da população nacional todos os dias.
Um estudo realizado pela YouGov, multinacional especializada em estudos de consumo online, apontou que mais da metade dos brasileiros (52%) consome ultraprocessados diariamente. Já 36% afirmam ingerir esse tipo de alimento de duas a quatro vezes por semana, enquanto apenas 12% conseguem evitar totalmente o consumo desses produtos.
Na lista dos mais consumidos estão refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos, salgadinhos industrializados e refeições prontas congeladas, todos bastante presentes na rotina alimentar do país. O levantamento também mostrou diferenças entre faixas etárias: jovens de 25 a 34 anos lideram o consumo, com 58% relatando ingestão diária de ultraprocessados, número bem acima dos 44% observados entre pessoas com mais de 55 anos.
David Eastman, diretor-geral da YouGov no Brasil, avalia que os resultados da pesquisa feita pela empresa representam um sinal de alerta sobre os hábitos alimentares no país. De acordo com ele, os índices indicam que o alto consumo de ultraprocessados está relacionado a fatores culturais e de praticidade, mas também evidenciam a necessidade de ampliar o incentivo a escolhas mais saudáveis.
Já quando se fala em saúde, o consumo de ultraprocessados pode representar riscos perigosos. De acordo com a nutricionista Izabel Lamounier, há um grande volume de pesquisas ligando dietas ricas em ultraprocessados a diferentes problemas de saúde:
"Esses alimentos aumentam o risco de doenças inflamatórias intestinais, câncer colorretal e síndrome do intestino irritável. A dieta interfere na microbiota, na barreira intestinal e até na imunidade inata. Além disso, o tipo de gordura usado nesses produtos contribui diretamente para esse risco", explica a especialista.
Izabel ainda chama atenção para o impacto dos aditivos presentes em larga escala nos ultraprocessados (emulsificantes, adoçantes, corantes e até micropartículas e nanopartículas) que já foram apontados em estudos como "prejudiciais ao microbioma, aumentando a permeabilidade intestinal" e, desta forma, causando inflamações.
"A recomendação é simples: quanto mais natural e menos processado for o alimento, menor será a exposição a esses riscos", garante a nutricionista.
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