






O Carnaval do Rio 2025 já começou! Com uma programação inédita que vai durar por três dias, a folia carioca teve seu início na noite domingo (02) e atraiu famosos para os camarotes e também para os desfiles da Sapucaí.
O Purepeople preparou uma galeria completa com todas as Rainhas de Bateria que cruzaram a Avenida! Veja em detalhes abaixo!
Pela Avenida, passaram rainhas de bateria famosas no meio artístico, como Érika Januza, da Unidos da Viradouro, e outras criadas nas próprias comunidades, como é o caso de Andressa Marinho, Maria Mariá e Evelyn Bastos, as outras três rainhas da noite. Veja abaixo mais detalhes sobre cada uma delas!
Rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel, escola de samba que abriu a noite, Andressa Marinho surgiu careca e representanto uma guerreira, intimamente conectada com o enredo "Egbé Iya Nassô", sobre a história do mais antigo terreiro do Brasil, o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.
Em 2024, a escola foi campeã da Série Ouro. 'Tem um gostinho mais que especial ser a rainha de bateria no ano de ascenção da minha escola. A experiência reinando a frente da bateria é diferente de toda minha jornada até aqui, e apesar disso a sensação é como se estivesse desfilando pela primeira vez", contou ao jornal "O Dia".
Rainha de bateria da Imperatriz, Maria Mariá cruzou a Marquês de Sapucaí a bordo de um look prata com aplicações de búzios e cristais. Além disso, ela usava um um costeiro de penas e representava o sal.
"O sal representa a necessidade de equilibrar movimento e ordem, ação e paz, força e sabedoria, unindo as energias de Oxalá e Exu. Ele nos lembra da importância de reconhecer falhas e buscar sempre a purificação espiritual para seguir em equilíbrio", apontou. A escola quis trazer para o desfile o enredo "Ómi Tútu ao Olúfon - Água fresca para o senhor de Ifón", sobre o desejo de Oxalá de visitar o reino de Xangô.
A terceira escola da noite foi a Viradouro, com o enredo "Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos": para contar a vida de Malunguinho, líder e herói do Quilombo do Catucá, de Pernambuco, a escola trouxe Érika Januza como uma ave importante na história, o Carcará. "Adoro a oportunidade de poder usar um pouco da minha atuação aqui na Avenida. São dois amores juntos: ser atriz e rainha de bateria", revelou.
A fantasia dourada de Érika Januza contava ainda com efeito especial que soltava fumaça e um perfume pela Marquês de Sapucaí.
A primeira noite de desfiles se encerrou com a passagem da Mangueira pela Sapucaí. Rainha da verde e rosa, Evelyn Bastos perdeu parte da fantasia e precisou desfilar apenas com um adesivo em um dos seios, mas não deixou de lado a animação.
Na web, ela revelou que sua fantasia cor de rosa estava relacionada a uma "joia". "Me desejam, me almejam… mas a riqueza material sempre esteve inacessível aos negros Banto e seus descendentes. Buscando a ascensão social e expansão. Me lapidei na audácia e na coragem de assumir minha sensualidade aos meus propósitos", afirmou a rainha da escola, cujo enredo é "À Flor da Terra, no Rio da Negritude entre Dores e Paixões".
A noite de segunda-feira (03) começou reduzida: por conta da ausência de Lexa com a gravidez e posterior luto com a morte da filha recém-nascida, a Unidos da Tijuca não substituiu a Rainha e preferiu desfilar sem o posto.
Natural de Nilópolis, terra natal da Beija-Flor, Lorena Raissa cruzou a Marquês de Sapucaí grávida de seu primeiro bebê. Aos 18 anos, ela é a rainha mais nova de todas as escolas do RJ. Sua fantasia foi desenvolvida para ficar mais leve e ela teve a presença de um médico durante sua "performance". "A minha alimentação era totalmente desregrada e agora está tudo certinho, de maneira correta", explicou ao G1.
O Salgueiro desfilou com o enredo "Salgueiro de Corpo Fechado", fazendo um mergulho em rituais de proteção utilizados por diferentes culturas ao redor do mundo. Há 17 anos desfilando pela vermelha e branco, a atriz Viviane Araújo veio em uma fantasia luxuosa prata e preta representando uma ave marcante da região Nordeste: o Carcará. "Sou o espírito do cangaço, a proteção da Furiosa. Eu sou este amuleto", escreveu.
Outra famosa muito aguardada na noite foi Sabrina Sato, rainha de bateria da Vila Isabel. Com look todo vermelho, a apresentadora encarnou uma vampira. "Venho representando a Rainha VampVila, que carrega o sangue que é fonte de energia e vitalidade para a bateria 'suingada de vampiros'. Vamos saciar a sede de alegria na Sapucaí!”, afirmou.
A terceira e última noite de desfiles da Sapucaí teve um time poderoso de musas à frente das baterias: Paolla Oliveira, Fabiola de Andrade, Mayara Lima e Bianca Monteiro.
Rainha de bateria da Mocidade, Fabiola de Andrade trouxe em sua fantasia o toque futurista do enredo do desfile, “Voltando para o futuro - não há limites para sonhar”. Em tons de verde, branco e prata, a peça supercavada evidenciou o corpo definido da influenciadora e deixou duas tatuagens íntimas em evidência: “Seja você, seja feliz” na cintura e uma flor perto da virilha.
Fabíola desfilou ainda com um cordão que trazia a letra R em destaque: trata-se de uma homenagem ao marido, Rogério de Andrade, considerado o bicheiro mais poderoso do Rio de Janeiro e atualmente preso.
A Rainha de Paraíso do Tuiuti, Mayara Lima é conhecida por seu samba no pé sincronizado com a bateria. Carioca da Cidade de Deus, ela é nascida no samba: foi revelada aos 10 anos na Aprendizes do Salgueiro e já foi passista e Princesa da Bateria
"Entro na Avenida para refletir o brilho da lua, honrando a força da natureza, a potência da espiritualidade e a conexão com os ancestrais", contou a jovem de 28 anos.
Em seu último desfile no Reinado à frente da Bateria da Grande Rio, Paolla Oliveira surgiu exuberante em uma fantasia em tons de azul que representava a Lua. "A Lua Encantada, Deusa Mãe, carrega uma força feminina indomável e ancestral. Na dança das águas, ela molda ondas e pororocas, conduzindo o fluxo e o refluxo daquilo que é eterno: o poder de transformar", escreveu a atriz.
A escola de Duque de Caxias trouxe um emocionante enredo sobre o Pará, "Pororocas Parawaras - As Águas Dos Meus Encantos Nas Contas Dos Curimbós", valorizando a cultura regional.
A última escola a encerrar os desfiles de Carnaval do Rio foi a Portela, com o enredo em homenagem a Milton Nascimento, "Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol". Rainha da escola, Bianca Monteiro, de 36 anos e 'cria' da comunidade, representou a santa preta de Palmares.
“A afluência negra naquele trecho da andadura os levou à reza da “Missa dos Quilombos”, ofício de fé que Milton ensinou. Neste momento, e diante de peregrinos tão encantados, um sinal grandioso desceu do céu: uma mulher, negra como eles, tendo sobre a cabeça uma coroa a adornar sua aparição celestial", contou em sua conta no Instagram.