






A internação do Papa Francisco, 88 anos, chega ao 19º dia nesta terça-feira (4), véspera do começo da Quaresma, período de pouco mais de um mês que antecede a Páscoa. Jorge Mario Bergoglio apresentou piora no estado de saúde na segunda-feira com dois quadros de insuficiência respiratória aguda, recebendo ventilação mecânica. O pontífice internado inicialmente com bronquite segue em um quarto do 10º andar do hospital Gemelli, em Roma, na Itália, unidade com mais de 1.500 leitos.
De forma resumida, o Vaticano informou: "O Papa dormiu a noite toda e mantém seu repouso". À frente do trono de Pedro desde 13 de março de 2013, o Papa Francisco já apresentou problemas renais e precisou se submeter a transfusão de sangue, além de ter sido diagnosticado com pneumonia bilateral.
Por conta da internação do jesuíta, a Santa Sé já havia informado que Francisco não participaria do início das celebrações da Quaresma. Ao mesmo tempo, pessoas próximas ao Sumo Pontífice negam qualquer intenção de renúncia, repetindo o que fez Bento XVI em fevereiro de 2013.
Nascido em Buenos Aires, Argentina, e com dotes para a cozinha, Jorge Mario Bergoglio se formou em técnico químico antes de abraçar a vocação religiosa. Na juventude, quando retirou parte de um dos pulmões, foi segurança em boate na capital portenha. Mais tarde e já seguindo a vida na igreja, foi professor e reitor. Coube ao Papa João Paulo II lhe nomear cardeal em 2001, quatro anos antes da morte do polonês.
Naquele conclave de abril de 2005, Jorge Mario foi bem votado em um dos escrutínios, porém acabou desistindo diante de uma grave denúncia envolvendo a Ditadura argentina. Mas em 2013, o argentino acabou sendo o preferido da maioria no segundo dia de votação.